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22/04/2015Escolas precisam descobrir como usar a tecnologia a seu favor, diz especialista
Fernando Neves, presidente da AirTight Networks no Brasil e coordenador do Movimento WiFi Seguro, é um dos palestrantes do I Congresso Fecomercio de Educação Digital, que será realizado em 5 de maio
Por Alessandra Jarussi
“Os educadores, de maneira geral, encaram os smartphones e tablets como ‘concorrentes’ e elementos que distraem os estudantes. Esta disputa pela atenção do aluno é o grande desafio do momento atual da educação”. A afirmação é de Fernando Neves, presidente da AirTight Networks no Brasil e coordenador do Movimento WiFi Seguro. Ele é um dos palestrantes do I Congresso Fecomercio de Educação Digital, que será realizado no dia 5 de maio.
“Inserir os dispositivos móveis de forma criativa e que efetivamente contribua para o processo de descoberta e de aprendizado é um grande desafio. E demanda, tanto do professor como da escola como um todo, uma mudança na visão sobre o que é ensinar e também sobre a possibilidade de entender cada aluno como um ser diferente que possui necessidades e formas de comunicação diferentes uns dos outros”, afirma Fernando Neves.
Segundo ele, “proibir pura e simplesmente o uso dos dispositivos é a resposta mais simples a uma questão mais complexa. No nosso entendimento, o assunto é uma oportunidade de melhoria no processo educacional e uma forma de ampliar os horizontes do ensino. Isto demanda certo trabalho e um olhar abrangente para o tema. Felizmente, várias instituições no Brasil já estão sensibilizadas para esta necessidade”, acrescenta o presidente da AirTight no Brasil.
A empresa desenvolveu uma plataforma de “Wi-Fi Social”, que trouxe resultados positivos para uma escola da Inglaterra e está em fase de testes em algumas escolas brasileiras. Fernando Neves explica que a iniciativa “permite que as pessoas utilizem credenciais pré-existentes – do Facebook, Twitter, Google Plus ou LinkedIn – para realizar a autenticação em uma rede Wi-Fi, com vantagens significativas quanto à comodidade do usuário e à segurança”. A criação desse ambiente seguro de navegação nas escolas têm inúmeros objetivos, como evitar bullying e possibilitar a troca de informações entre estudantes e professores e também entre alunos para trabalhos em grupo, por exemplo.
O uso de novos recursos reacende outra questão importante: a distância entre as realidades das escolas públicas e particulares. Para o especialista, esse distanciamento “tende a aumentar, principalmente, no que diz respeito à disponibilidade dos recursos, mas, ao mesmo tempo, as novas plataformas de tecnologia possibilitam que uma quantidade maior de pessoas tenha acesso aos conteúdos antes restritos a poucos. É o que experiências de instituições como MIT e USP têm demonstrado”. Ele acredita que o acesso ao conhecimento deve passar a ocorrer de forma mais universal. “Em pouco tempo, veremos que a possibilidade de acesso à informação permite que novos e criativos usos sejam feitos. Isto já ocorre, atualmente, com vídeos no YouTube e conteúdos educacionais na Wikipédia”, conclui.
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