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Sustentabilidade

ESG: mensure os impactos gerados do negócio nas esferas social, ambiental e de governança

Andreza Souza, gerente de Sustentabilidade da Natura &Co Latam, fala sobre o primeiro IP&L, em reunião do Comitê ESG da FecomercioSP

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ESG: mensure os impactos gerados do negócio nas esferas social, ambiental e de governança
Especialista deu dicas, com base na jornada da Natura, às empresas interessadas em começar a incorporar a cultura de medição de impacto no negócio (Arte: TUTU)

Os valores econômicos e os impactos causados na sociedade, com a adoção da agenda ESG, começam a ser mensurados por algumas empresas no mundo todo. No Brasil, esta análise ganhou destaque na última segunda-feira (8), em reunião do Comitê ESG, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com a apresentação de Andreza Bocardo Souza, gerente de Sustentabilidade da Natura &Co Latam.

O primeiro relatório da empresa, que contempla os dados da marca na América Latina com base nos resultados de 2021, por meio da ferramenta Integrated Profit and Loss (IP&L), mostra que para cada R$ 1 de receita da Natura, gera-se R$ 1,50 de retorno em benefícios socioambientais.

“O IP&L nasce, em parceria com a Valuing Impact, da necessidade de dar mais transparência à geração de valor para a sociedade, além de fazer com que o mercado compreenda melhor os impactos da marca. O percurso até o IP&L começou em 2010, mediante maior conhecimento da nossa rede de fornecedores, e, em 2014, passamos a medir indicadores de resultado imediatos na geração de renda das consultoras, as revendedoras que integram nosso modelo de venda direta”, relatou Andreza.

As atividades avaliadas no IP&L abrangem desde cadeia de fornecedores e comunidades extrativistas na região amazônica até operações diretas, consultoria e fim de vida dos produtos, todas organizadas em três grupos: capital humano (funcionários, fornecedores, consultoras Natura); capital social (impostos e desenvolvimento das comunidades); e capital natural (produtos, serviços e processos).

“Interessante como o IP&L conseguiu traduzir o ESG em valor. Esta ferramenta é inovadora para o mercado porque, em posse de um ‘mapa’, dá para saber em quais áreas a empresa pode concentrar mais esforços e onde aumentar os investimentos de acordo com o retorno”, explicou Luiz Maia, coordenador-executivo do Comitê ESG.

Orientação às empresas

Na apresentação, Andreza deu dicas, com base na jornada da Natura, às empresas interessadas em começar a incorporar a cultura de medição de impacto no negócio:

  • defina um objetivo e a necessidade para avaliação;
  • familiarize a empresa com conceitos de renda e salário dignos (living wage);
  • engaje áreas internas, como as de Finanças e Negócios;
  • conheça as práticas de cadeia de suprimentos (diretas e indiretas) e operações;
  • esteja ciente de que se trata de uma jornada que deve ser desenvolvida ao longo de alguns anos, servindo a um propósito.

“Mapear as atividades é o primeiro passo. Só depois é possível avaliar o que alavanca ou prejudica o resultado, a fim de medir o impacto do negócio como um todo. Isso não vai ocorrer em curto prazo de tempo. É importante também o engajamento das áreas, além do conhecimento das práticas e ter o olhar de que este é um projeto que vai se construindo com base em frameworks [etapas padronizadas] e indicadores, que estão ganhando cada vez mais maturidade. Temos, ainda, o objetivo de trazer mais empresas ao processo, que deve evoluir nos próximos anos”, enfatizou Andreza.

Quer saber mais sobre ESG? Conheça as ações e propostas do Comitê ESG da FecomercioSP.

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