Atualmente, a InvestSP gerencia 28 projetos chamados de “economia verde” que formam um ecossistema de empreendimentos sustentáveis
(Arte: TUTU)

O Estado de São Paulo estuda formas de promover e incentivar a prática de ESG – sigla em inglês para Environmental, Social and Governance –, para que as empresas tenham ações a fim de minimizar os impactos causados ao meio ambiente, em especial a redução na emissão de poluentes. A afirmação de Gustavo Junqueira, presidente da InvestSP – Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade, foi feita durante uma reunião do Conselho de Sustentabilidade da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

“Queremos que os setores privado e público possam trabalhar de maneira conjunta na transformação da economia, porque, se não acompanharmos esta mudança, teremos problemas no comércio internacional, e o Brasil sofrerá por ficar fora da discussão. Além disso, ao tomarmos a iniciativa, temos a oportunidade de aumentarmos a competitividade e de sermos aqueles que determinam as regras do jogo, porque os conceitos de ESG, desenvolvidos a partir da Europa e importados, seguem outra realidade. Aqui, a questão social é fundamental”, contextualizou.

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No encontro, Junqueira afirmou que a InvestSP gerencia 28 projetos chamados de “economia verde”, formando um ecossistema de empreendimentos sustentáveis. Juntos, eles somam R$ 17 bilhões em investimentos. E mais, ele ressaltou o decreto assinado no dia 20 de julho deste ano pelo governador João Doria, em que o Estado assume o compromisso de zerar a emissão de gases do efeito estufa até 2050, aderindo às campanhas da Organização das Nações Unidas (ONU) Race to Zero e Race to Resilience.

“O setor privado tem sido protagonista neste sentido, e vemos em São Paulo a expectativa de o Estado ter um papel de mais destaque, combinando uma série de ações. Para atingir a meta recém-assumida e mitigar efeitos das mudanças climáticas, precisamos decidir os caminhos a serem seguidos de maneira positiva, induzindo os investimentos. Assim, mostramos que a ideia é que os incentivos, sejam eles tributários, sejam de regimes especiais, sejam de créditos tributários, priorizem para aquelas empresas, e projetos mais bem ranqueados em um sistema de classificação que está sendo elaborado junto com entidades e o setor privado. Devemos ter um esboço de metas e das métricas até o fim do ano, porque a implementação de medidas leva tempo, mas tem senso de urgência de colocar em prática”, afirmou Junqueira.

Comitê ESG

Para acompanhar o desenvolvimento do tema no mercado e orientar os negócios, o Conselho de Sustentabilidade da Federação criou o Comitê ESG. Formado por especialistas, grandes empresas e entidades, o grupo da FecomercioSP enxerga o ESG como o caminho para a melhoria do ambiente empresarial, com mais respeito ao meio ambiente, ao uso de recursos naturais, às pessoas e ao planeta. O comitê realizará reuniões pautadas nas demandas empresariais, debruçando-se sobre estudos, desafios e novas práticas.

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