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Negócios

Espaços de coworking conquistam o mercado paulistano

Competitividade e crise econômica exigem gestão profissional dos empreendedores

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Espaços de coworking conquistam o mercado paulistano

Cidade de São Paulo já tem mais espaços de coworking do que Nova York
(Arte: TUTU)

A cidade de São Paulo trabalha cada vez mais em coworking. Esse novo espaço é um escritório compartilhado por vários profissionais, de empresas diferentes ou autônomos, que trabalham lado a lado, compartilhando mesas ou salas. Muitos têm aderido à novidade por achar que é mais barato do que manter um escritório sozinho, mas também por ser mais prático e flexível, além de surgir oportunidades de negócios entre quem trabalha ali, os coworkers.

Com isso, a modalidade tem crescido tanto que a capital paulista já tem mais espaços de coworking do que Nova York. Enquanto a cidade americana conta com 205, segundo a New Worker Magazine, São Paulo oferece 217, pelo Censo 2017 da Coworking Brasil, que divulga informações sobre esse mercado. O levantamento reúne, além de coworking, business center, casa aberta/colaborativa, espaço em empresa privada e incubadora. O mesmo levantamento aponta ainda que, em 2017, havia 810 espaços no País, alta de 114% em relação a 2016. No ano passado, o segmento movimentou R$ 82 milhões e gerou, entre empregos diretos e indiretos, 3,5 mil vagas.

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Um estudo da Associação Nacional de Coworking e Escritório Virtuais (Ancev) chegou a números mais modestos. Mesmo assim, de 2014 em diante, a menor taxa de crescimento foi de 15%, em 2015. Sua metodologia contempla coworking e escritório virtual (que oferece pacote mensal com endereço para uso fiscal e envio de correspondência e atendimento telefônico). “A tendência é crescer, apesar das dificuldades do cenário econômico, porque é muito vantajoso para o cliente. A economia média é de 70% em relação a ter escritório próprio”, compara o presidente da associação, Ernisio Martines Dias.

Mesmo em plena expansão, muito coworking está fechando, em decorrência da crise econômica e do amadorismo dos empreendedores. Por isso, especialistas são enfáticos: gestão profissional é essencial. “O mercado precisa se profissionalizar porque ainda há muita gente com pouco conhecimento. Só ficarão as empresas que têm gestores bem capacitados. É um segundo passo que deve acontecer em alguns anos”, afirma o CEO e fundador da Interualla – plataforma online que reúne, de um lado, espaços compartilhados ou ociosos e, de outro, coworkers ou empreendedores à procura desses locais –, Rodrigo Parisi.

Outra dificuldade é a falta de reconhecimento oficial da atividade. “Na hora de abrir o negócio, ficamos sujeitos à boa vontade do funcionário da prefeitura”, afirma Dias, da Ancev.

Para resolver o problema, a proposta mais adiantada é o Projeto de Lei n.º 8.300/17, de autoria do deputado federal Marco Tebaldi (PSDB/SC), que aguarda deliberação na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) na Câmara. Em âmbito municipal, o segmento conseguiu uma vitória: o fim da corresponsabilidade tributária de coworking que abrigasse empresas inadimplentes do Imposto Sobre Serviços (ISS). “O que era isso? Se uma das empresas do coworking não pagasse ISS, a prefeitura poderia cobrar o imposto do dono do coworking, inviabilizando o negócio”, explica a autora da emenda, vereadora Janaína Lima (NOVO).

Agora, a nova lei determina que, a cada seis meses, os coworkings que faturam acima de R$ 4,8 milhões por ano devem apresentar uma lista de todos os abrigados, sob pena de multa.

Confira a matéria completa na edição nº 57 da revista C&S, disponível aqui.

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