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Imprensa

Estado deve ser um facilitador de soluções para a sociedade

Francisco Gaetani fala sobre a Reforma Administrativa, o desequilíbrio entre Poderes e a relação entre as esferas de governo ao UM BRASIL

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Estado deve ser um facilitador de soluções para a sociedade
Para Gaetani, a transformação do Estado brasileiro não recai apenas sobre a nova secretaria; outros ministérios também devem assumir a agenda (Crédito: UM BRASIL)

É preciso que o Brasil siga o exemplo de outros países e construa um Estado não seja um ônus, mas um “facilitador de soluções da vida social”, defende Francisco Gaetani, secretário extraordinário para a Transformação do Estado, do Ministério da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos.

Em entrevista ao Canal UM BRASIL — uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) —, Gaetani fala sobre a Reforma Administrativa, o desequilíbrio entre Poderes e a relação entre as esferas de governo.

Papel estatal 

  • Pouco protagonismo na vida social. O secretário avalia que um dos grandes problemas nacionais é que, no País, o Estado não é visto como um protagonista na vida dos brasileiros e só é valorizado em momentos de crise. “Quanto mais a vida das pessoas melhora, menos o Estado vai ficando decisivo e importante”, observa. “Quando a vida piora, a quem vão recorrer? À saúde pública, à educação pública, aos benefícios sociais etc.”
  • Facilitador de soluções. Segundo Gaetani, o Brasil deve se inspirar no exemplo dado pelo resto do mundo, em que o Estado tem deixado de ser visto como um “ônus” e assumido, cada vez mais, a função de assegurar um bom ambiente de negócios, acesso aos benefícios sociais universais, qualidade e produtividade dos serviços públicos e coesão social.
  • Impacto sobre o setor privado. O secretário também acredita ser necessário pensar a responsabilidade estatal para além do setor público, já que a forma como o Estado se comporta resulta em externalidades que impactam negócios privados. “É preciso construir incentivos que beneficiem os setores não verticalmente, mas horizontalmente”, defende Gaetani. 

Francisco Gaetani é secretário extraordinário para a Transformação do Estado, do Ministério da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos Francisco Gaetani é secretário extraordinário para a Transformação do Estado, do Ministério da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos
Mônica Sodré conversa com Francisco Gaetani sobre Reforma Administrativa Mônica Sodré conversa com Francisco Gaetani sobre Reforma Administrativa
Secretário avalia que um dos grandes problemas é que o Estado não é visto como um protagonista na vida dos brasileiros Secretário avalia que um dos grandes problemas é que o Estado não é visto como um protagonista na vida dos brasileiros
Gaetani defende que “é preciso construir incentivos que beneficiem os setores horizontalmente” Gaetani defende que “é preciso construir incentivos que beneficiem os setores horizontalmente”
Francisco Gaetani é secretário extraordinário para a Transformação do Estado, do Ministério da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos
Mônica Sodré conversa com Francisco Gaetani sobre Reforma Administrativa
Secretário avalia que um dos grandes problemas é que o Estado não é visto como um protagonista na vida dos brasileiros
Gaetani defende que “é preciso construir incentivos que beneficiem os setores horizontalmente”

Agenda de transformação 

  • Secretaria para Transformação do Estado é pioneira. Novidade desta gestão federal, a área chefiada por Gaetani, desde o início de 2023, tem como funções a promoção de estudos sobre a transformação do Estado e a coordenação de ações para a simplificação administrativa, a eficiência e a efetividade dos serviços públicos. Debates como a Reforma Administrativa são tratados pela pasta.
  • Responsabilidades. Para Gaetani, a transformação do Estado brasileiro não recai apenas sobre a nova secretaria. Outros ministérios do governo federal também devem assumir o envolvimento com a agenda. “Estamos falando de pessoas, organizações, tecnologia, políticas e programas. São muitos entrelaçamentos”, explica.  

Desequilíbrios 

  • Executivo perdeu poder. Gaetani avalia que, nos últimos anos, outros segmentos do Estado e da sociedade ganharam mais destaque e poder. “O peso do Congresso é muito maior do que há dez anos. Tribunal de Contas e Ministério Público são protagonistas da vida pública, assim como o Supremo na vida política nacional. Jamais se pensava que isso poderia acontecer”, avalia.
  • Dimensão midiática. O secretário ressalta que o protagonismo desigual entre instituições, Judiciário, Congresso e Executivo prejudica a entrega de serviços públicos e a qualidade do governo. “Brinco que comunicar se tornou mais importante do que governar. E não pode ser assim”, conclui. 

Poderes limitados 

  • Culpa de quem? Gaetani ainda avalia que as esferas federais precisam assumir os próprios compromissos nessa composição estatal. Executivo, Estados e municípios devem ter clareza sobre suas competências, em vez de apontar culpados. “É preciso superar a mania de botar a culpa nos outros”, sugere.
  • Papéis trocados. O secretário pontua que, muitas vezes, as esferas atuam sem clareza sobre as suas atribuições, o que atrapalha o pleno funcionamento do Estado. “A qualidade da educação não é exatamente um problema federal, depende dos Estados e dos municípios. Na Segurança Pública, polícias Civil e Militar são estaduais. No meio ambiente, uma lei complementar divide as competências entre todos”, exemplifica.
  • Em busca de soluções. Para ele, um certo voluntarismo do Executivo não ajuda e, a longo prazo, é insustentável. “O governo federal, às vezes, tenta resolver os problemas na ponta, mas não tem os meios para isso”, afirma. Gaetani lembra que é preciso desenvolver capacidades nas esferas estaduais e municipais, enquanto a sociedade deve compreender e cobrá-las. 

Assista à entrevista na íntegra.


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