Negócios
15/03/2017Faturamento do e-commerce deve crescer 12% e atingir quase R$ 50 bilhões em 2017
Estimativa consta do Webshoppers, estudo de maior credibilidade sobre o comércio eletrônico brasileiro, realizado desde 2001 pela Ebit
Estudo aponta ainda que a participação dos dispositivos móveis nas compras deve avançar 41% e chegar a 32% das transações on-line no final do ano
(Arte/TUTU)
Por Alessandra Jarussi
O comércio eletrônico brasileiro deve caminhar novamente na contramão dos outros setores em 2017 e registrar expansão, fortalecido, principalmente, pelas vendas por meio de dispositivos móveis, pela entrada de novos e-consumidores e pela retomada do crescimento no volume de pedidos. Com a continuidade do movimento de migração das vendas do varejo físico para o meio digital, o comércio eletrônico deve registrar aumento nominal de 12% nas receitas e faturar R$ 49,7 bilhões neste ano.
A previsão consta da 35ª edição do Webshoppers, o estudo de maior credibilidade sobre o comércio eletrônico brasileiro e a principal referência para os profissionais do segmento. O levantamento é realizado desde 2001 pela Ebit, empresa que acompanha a evolução do varejo digital no País a partir da coleta de dados em tempo real diretamente com o comprador on-line.
“Estimamos que em 2017 as vendas do e-commerce representarão cerca de 4,3% das vendas do varejo no Brasil, ante 3,8% em 2016”, diz Pedro Guasti, CEO da Ebit e Presidente do Conselho de e-commerce da FecomercioSP. Mesmo com inflação mais baixa neste ano, a expectativa é de um crescimento de 8% do tíquete médio, que deve atingir o valor médio de R$ 452,00 devido à venda de produtos de maior valor agregado. A Ebit também prevê um aumento de 3,5% no total de pedidos em 2017, para 110 milhões.
A participação dos dispositivos móveis nas compras deve avançar 41% e chegar a 32% das transações on-line no final deste ano. Em 2016, segundo estimativas preliminares da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o mercado de telefones celulares teve aumento de 2% nas vendas, enquanto as vendas de desktops caíram 37% e de notebooks, 30%, o que mostra uma preferência da população pelo investimento em dispositivos móveis. Esse comportamento, verificado desde 2012, teve aceleração a partir de 2015. Em dezembro de 2016, o porcentual de transações realizadas por meio de dispositivos móveis subiu para 26% das compras on-line.
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