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04/07/2018Faturamento do e-commerce na região do ABCD cai 5,8% no primeiro trimestre, e região tem pior desempenho do Estado
Segundo a FecomercioSP, o tíquete médio caiu 11,6% no período atingindo R$ 350,16, o menor entre todas as regiões analisadas
São Paulo, 04 de julho de 2018 – O faturamento real do comércio eletrônico na região do ABCD foi de R$ 258,7 milhões no primeiro trimestre de 2018, queda de 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, a região registrou o pior desempenho do Estado de São Paulo. No acumulado dos últimos 12 meses, houve elevação de 5,4%.
Os resultados compõem a Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por meio do seu Conselho de Comércio Eletrônico, em parceria com a Ebit. A pesquisa traz dados sobre faturamento real, número de pedidos e tíquete médio e permite mensurar a participação do e-commerce nas vendas totais do varejo (eletrônico e físico) no Estado de São Paulo, segmentado em 16 regiões.
O levantamento mostra ainda que o número de pedidos do comércio eletrônico na região atingiu 738,7 mil nesse primeiro trimestre, ante os 693,5 mil do mesmo período do ano passado, um aumento de 6,5%.
O tíquete médio – faturamento por pedido – caiu 11,6%, passando de R$ 396,02 nos primeiros três meses do ano passado para os atuais R$ 350,16, o menor entre todas as regiões analisadas. A participação do e-commerce no faturamento do varejo geral também apresentou queda, de 0,3 ponto porcentual (p.p.), ao passar de 3,2% para 2,9%.
Desempenho estadual
As vendas do comércio eletrônico no Estado de São Paulo cresceram 4,4% no primeiro trimestre de 2018, se comparado ao mesmo período de 2017, atingindo R$ 4,06 bilhões. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o faturamento real avançou 8,8% em janeiro, recuou 1,9% em fevereiro e voltou a crescer 5,4% em março. No acumulado dos últimos 12 meses, após encerrar 2017 com uma alta de 4,2%, a taxa de crescimento real das vendas do setor subiu para 5,1% no primeiro trimestre de 2018.
A participação do e-commerce nas vendas do varejo paulista no primeiro trimestre ficou em 2,6%, estável em relação ao mesmo período de 2017. O número de pedidos foi de 10,7 milhões, alta de 9,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O tíquete médio, entretanto, registrou queda de 4,9%, passando de R$ 400,13 nos primeiros três meses de 2017 para R$ 380,54 em 2018.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, tanto o varejo físico quanto o eletrônico continuam sinalizando uma retomada das vendas, motivada pelo ambiente macroeconômico, com inflação muito mais controlada aliada a uma trajetória de queda nas taxas de juros.
Especificamente sobre o mês de março, nota-se a consolidação do Dia do Consumidor como uma importante data para o setor. No mês, as vendas atingiram R$ 1,47 bilhão, crescimento real de 5,4% em relação ao mesmo período de 2017 e a maior cifra já registrada para o mês desde o início da série histórica, em 2013.
A Entidade ressalta ainda que esse crescimento se dá sobre uma base forte de comparação, já que o faturamento real do e-commerce no terceiro mês do ano passado havia crescido 8,6%. Para confirmar o impacto da data no desempenho do setor, é importante ressaltar que o faturamento do comércio eletrônico em março de 2018 superou em R$ 182 milhões a média do primeiro bimestre deste ano.
“O e-commerce retomou de forma mais robusta o crescimento no começo de 2018 se comparado a outros segmentos da economia. Esse crescimento se deve à melhora nas condições macroeconômicas, mas também à mudança de comportamento do consumidor, usando os dispositivos móveis para comparar, consultar e comprar produtos duráveis, semiduráveis e não duráveis no comércio eletrônico. A partir de agora, poderemos acompanhar na PCCE a evolução detalhada desses indicadores no Estado de São Paulo”, afirma o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP e diretor de relações institucionais da Ebit, Pedro Guasti.
Bens de consumo
A partir desta edição, a PCCE também traz informações sobre as vendas de três categorias de bens de consumo: duráveis, semiduráveis e não duráveis. Segundo a assessoria econômica da Entidade, ainda que neste momento não seja possível estabelecer uma trajetória das vendas, dada a ausência de dados anteriores a janeiro de 2018, a pesquisa permite traçar um quadro geral do comércio eletrônico.
No primeiro trimestre de 2018, os bens duráveis tiveram grande peso no faturamento do setor, concentrando 69,6% das receitas e 38,4% do número de pedidos, com um tíquete médio de R$ 689,16. O comércio de bens semiduráveis representa 18,6% das vendas, 35,8% do total de pedidos com um valor médio de R$ 197,59, enquanto os não duráveis têm uma parcela de 11,8% do faturamento, 25,8% dos pedidos e um tíquete médio de R$ 174,28.
Região do ABCD
Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) é realizada trimestralmente pela FecomercioSP a partir de informações fornecidas pela Ebit. Além dos dados de faturamento real, número de pedidos, tíquete médio, a pesquisa permite mensurar a participação do comércio eletrônico nas vendas totais do varejo paulista. As informações são segmentadas em 16 regiões que englobam todos os 645 municípios paulistas e abrangem todas as atividades varejistas constantes do código CNAE 2.0.
Neste ano, a PCCE passa a trazer também informações sobre as vendas de três categorias de bens de consumo: duráveis, semiduráveis e não duráveis. Entre os bens duráveis estão automóveis e veículos, Blu-ray, brinquedos, casa e decoração, CDs, colecionáveis, construção e ferramentas, discos de vinil, DVDs, eletrodomésticos, eletrônicos, fotografia, games, informática, instrumentos musicais, joias e relógios, telefonia e celulares. Os semiduráveis são compostos por itens de arte e antiguidade, artigos religiosos, bebês e cia, esporte e lazer, indústria, comércio e negócios, livros, moda e acessórios, natal, papelaria e escritório. Já entre os não duráveis estão: alimentos e bebidas, assinaturas e revistas, perfumaria e cosméticos, pet shop, saúde, serviços, sex shop e tabacaria.
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