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Imprensa

Faturamento do setor de serviços paulistano atinge R$ 20,9 bilhões em agosto, o menor montante para o mês desde 2011

De acordo com a FecomercioSP, vendas do setor caíram 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado, a 13ª queda consecutiva nessa base de comparação

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São Paulo, 16 de novembro de 2016 - Em agosto, o setor de serviços em São Paulo faturou R$ 20,9 bilhões, queda de 7,1% na comparação com o mesmo mês de 2015. É a 13ª queda consecutiva nessa base de comparação. Trata-se do menor montante para o mês de agosto desde 2011. No acumulado em 12 meses o recuo foi de 4,0%, a 12ª queda seguida.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que traz o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico. O município de São Paulo tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando aproximadamente 20% da receita total gerada no País.

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Das 13 atividades pesquisadas, 10 tiveram queda na comparação com agosto do ano passado. As maiores retrações, com variação negativa de dois dígitos, foram observadas nas atividades de representação (-26,4%), construção civil (-24,6%), serviços bancários, financeiros e securitários (-20,8%), outros serviços (-17,4%), conservação, limpeza e reparação de bens móveis (-15,6%), e, técnico-científico (-15,5%). Juntas, essas seis atividades impactaram negativamente em 6,6 pontos porcentuais (p.p.) para o índice geral.

No sentido oposto, os melhores desempenhos foram vistos nos setores de turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (22,8%) e saúde (18,9%). Somadas, as atividades pressionaram positivamente o resultado geral em 2 p.p..

De acordo com a FecomercioSP, as atividades que tiveram resultado negativo foram impactadas, principalmente, pela deterioração do cenário econômico brasileiro. A incerteza na conjuntura econômica e política do País fizeram com que os consumidores e empresários adiassem a contratação de serviços ou até mesmo a realização de possíveis investimentos.

Segundo a Entidade, a crise impactou o setor produtivo como um todo. A indústria foi a primeira, no início de 2014, seguida do varejo, que também passou a registrar resultados negativos e pouco tempo depois, a partir de janeiro de 2015, se estabeleceu no setor de serviços. Para a Federação, uma retomada somente acontecerá à medida que os demais segmentos da economia se recuperarem, dependendo, assim, de indicadores positivos de emprego, renda, crédito, entre outras variáveis determinantes do consumo.

Expectativa
A FecomercioSP avalia que, a partir dos próximos meses, ocorrerá ajustes no desempenho do setor de serviços, desacelerando o ritmo de queda do faturamento real, devido a uma base de comparação fraca. Tal projeção de redução de perda se mostra nos demais indicadores antecedentes da Federação, como os índices de confiança dos consumidores e empresários e intenção de consumo, que se elevaram nos últimos meses.

A Entidade ressalta ainda que somente em 2017, com a convergência da inflação para a meta e o início do ciclo de queda de juros, os números voltarão a crescer. Assim, com uma economia mais equilibrada, o aumento dos investimentos e a geração de emprego e renda, haverá uma recuperação no setor de serviços.

Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) é o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal e utiliza informações baseadas nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Prefeitura de São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador conta com uma série histórica desde 2010, permitindo o acompanhamento do setor em uma trajetória de longo prazo.

As atividades foram reunidas em 13 grupos, levando em conta as suas similaridades e a representação no total do que é arrecadado do ISS no município. Por meio dos relatórios gerados, é possível identificar o total do faturamento (real e nominal) por atividade, as variações porcentuais em relação ao mesmo mês do ano anterior (T-T/12) e mês imediatamente anterior (T-T/1) e o acumulado no ano.

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