Economia
09/10/2017Faturamento do setor de serviços paulistano atinge R$ 23,7 bilhões em agosto
Segundo pesquisa da FecomercioSP, é o melhor resultado para o mês dos últimos sete anos
Das 13 atividades pesquisadas, nove apontaram crescimento no faturamento real e garantiram o bom desempenho do setor, com destaque para Agenciamento, corretagem e intermediação (35,7%)
(Arte/TUTU)
Pelo oitavo mês consecutivo, o faturamento real do setor de serviços na cidade de São Paulo apresentou alta em relação ao mesmo mês de 2016. Com receitas de R$ 23,7 bilhões, o aumento foi de 10,6%, aproximadamente R$ 2,2 bilhões a mais do que em agosto do ano passado. É a maior cifra registrada em um mês de agosto pelo setor de serviços paulistano desde 2010. No acumulado do ano, o faturamento real cresceu 4,4%, atingindo R$ 186 bilhões. Nos últimos 12 meses, houve aumento, de 2,1%, segundo resultado positivo após a ligeira alta de julho (0,7%), interrompendo definitivamente as 22 quedas consecutivas anteriores.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que traz o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz-SP). A cidade São Paulo tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando aproximadamente 20% da receita total gerada no País.
Veja também
Custo de vida na região metropolitana de São Paulo sobe 0,39% em agosto
Índice de Confiança do Empresário do Comércio alcança 106,2 pontos em setembro
Consumidores não endividados reduzem reservas em setembro e parecem mais propensos a consumir
Das 13 atividades pesquisadas, nove apontaram crescimento no faturamento real em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado e garantiram o bom desempenho do setor. Os destaques ficaram por conta das atividades de: Agenciamento, corretagem e intermediação (35,7%); Serviços bancários, financeiros e securitários (32,2%); Saúde (17,4%); Construção civil (15,2%); e Simples Nacional (10,2%). Somadas, elas colaboraram positivamente com 11,2 pontos porcentuais (p.p) para o resultado geral.
É importante ressaltar que os segmentos de Agenciamento, corretagem e intermediação; Saúde; Simples Nacional; e Serviços bancários, financeiros, e securitários tiveram os maiores resultados históricos para o mês. Segundo a Federação, esses dados evidenciam a tendência de recuperação que se consolida - e também se amplia -, com taxas crescentes de expansão.
Os resultados menos expressivos foram vistos nas atividades de Turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (-20,4%); Técnico-científico (-7,9%); Conservação, limpeza e reparação de bens móveis (-7,4%); e Representação (-0,7%), que, em conjunto, impactaram negativamente com 1,1 ponto porcentual para o resultado geral do setor de serviços na cidade de São Paulo.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a queda da inflação e o ciclo de cortes na taxa básica de juros, variáveis determinantes de consumo, vêm contribuindo para a continuidade do bom desempenho das receitas do setor de serviços no município, o que acaba sendo um bom termômetro da atividade econômica geral.
A Entidade ressalta, contudo, as necessidades de uma reativação ampla e contínua das demais atividades, do aumento do emprego e da recomposição da renda da população para que se possa ter uma retomada consistente da economia como um todo.
Todos os direitos patrimoniais relativos ao conteúdo desta obra são de propriedade exclusiva da FECOMERCIO-SP, nos termos da Lei nº 9.610/98 e demais disposições legais aplicáveis à espécie. A reprodução total ou parcial é proibida sem autorização.
Ao mencionar esta notícia, por favor referencie a mesma através desse link:
www.fecomercio.com.br/noticia/faturamento-do-setor-de-servicos-paulistano-atinge-r-23-7-bilhoes-em-agosto