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Economia

Faturamento do setor de serviços paulistano cresce 3,1% em abril e atinge R$ 23,2 bilhões, segunda maior cifra para o mês desde 2010

Segundo pesquisa da Entidade, faturamento do setor é de R$ 696 milhões superior ao apurado em abril de 2016

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Faturamento do setor de serviços paulistano cresce 3,1% em abril e atinge R$ 23,2 bilhões, segunda maior cifra para o mês desde 2010

Das 13 atividades avaliadas, seis registraram crescimento no faturamento real e garantiram o bom desempenho do setor, com destaque para saúde (17,2%), agenciamento, corretagem e intermediação (15,1%) 
(Arte/TUTU)

Pelo quarto mês consecutivo, o setor de serviços na cidade de São Paulo registrou alta nas vendas. Em abril, o setor faturou R$ 23,2 bilhões, crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado. É a segunda maior cifra registrada para o mês e cerca de R$ 696 milhões acima do valor apurado em abril de 2016. No acumulado dos quatro primeiros meses de 2017, o setor registra alta de 2,7%. Ao observar os dados acumulados dos últimos 12 meses, verifica-se uma tendência de desaceleração do ritmo de queda nas receitas do setor desde setembro do ano passado, com o registro, em abril, de uma variação negativa de apenas 1,3%.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que traz o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo fornecidos pela Secretaria Municipal da Fazenda. O município de São Paulo tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando, aproximadamente, 20% da receita total gerada no País.

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Das 13 atividades avaliadas, seis registraram crescimento no faturamento real, em abril, no comparativo com o mesmo mês de 2016 e garantiram o bom desempenho do setor, com destaque para saúde (17,2%), agenciamento, corretagem e intermediação (15,1%) e Simples Nacional (9,3%) que, juntas, colaboraram positivamente com 4,2 pontos porcentuais (p.p) para o resultado geral.

Os piores resultados foram vistos nas atividades de turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (-18,2%), mercadologia e comunicação (-11,1%) e técnico científico (-10,3%). Essas atividades, em conjunto, impactaram negativamente com 1,1 p.p. para o resultado geral do setor de serviços paulistano em abril.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, depois do mais longo e profundo ciclo recessivo da economia o setor de serviços do município de São Paulo registra, pelo quarto mês consecutivo, crescimento no faturamento real em relação ao mesmo mês do ano anterior e no acumulado no ano, sinalizando para uma lenta (mas considerável) tendência de retomada nas receitas do setor.

Por outro lado, a Federação pondera que ainda é preciso ter certa cautela no que diz respeito à recuperação do setor, bem como da atividade econômica como um todo. Apesar da conjuntura econômica apresentar uma ligeira melhora, refletida na queda da inflação e da taxa de juros, o ciclo sustentado de recuperação depende de uma reativação ampla e contínua das demais atividades, do aumento do emprego e da recomposição de renda da população.

As condições necessárias para o crescimento econômico consistente, segundo a Entidade, ainda não foram efetivadas e dependem, basicamente, da estabilidade do quadro político, do controle e do ajuste das contas públicas e das reformas em âmbito trabalhista, previdenciário e tributário. Segundo a FecomercioSP, é preciso ter um ambiente interno estável - com inflação sob controle e restauração da credibilidade do mercado - que permita a atração de investimentos internos e externos, o que se refletirá, de fato, na retomada da atividade econômica.

As atividades foram reunidas em 13 grupos, levando em conta as suas similaridades e a representação no total do que é arrecadado do ISS no município. Por meio dos relatórios gerados, é possível identificar o total do faturamento (real e nominal) por atividade, as variações porcentuais em relação ao mesmo mês do ano anterior (T-T/12) e o mês imediatamente anterior (T-T/1) e o acumulado no ano.

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