Imprensa
20/07/2023Faturamento real do comércio paulista atinge R$ 96,7 bilhões em abril
Com crescimento de 1,8% no período, resultado é o melhor em 15 anos, revela FecomercioSP
Fomentado principalmente pela atividade de farmácias e perfumaria, no mês de abril, o faturamento real do varejo paulista alcançou R$ 96,7 bilhões, valor R$ 1,7 bilhão acima do apurado no mesmo período de 2022. No mês, o crescimento foi de 1,8%, ao considerar a mesma base comparativa. Esse é o melhor resultado para o período em 15 anos. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A variação acumulada nas vendas varejistas no ano foi de 5,1%, o que representa um faturamento R$ 18,3 bilhões superior ao obtido entre janeiro e abril do ano passado. O resultado mostra a força das vendas no comércio e acompanha a melhora das condições econômicas das famílias, com mais emprego e renda. Das nove atividades pesquisadas, seis obtiveram aumento no faturamento real no quarto mês do ano: farmácias e perfumarias (17,2%); lojas de eletrodomésticos eletrônicos e L.D. (10,9%); supermercados (9,6%); concessionárias de veículos (9,6%); autopeças e acessórios (6,8%); e lojas de vestuário, tecidos e calçados (6,3%).
A variação acumulada nas vendas varejistas no ano foi de 5,1%, o que representa um faturamento R$ 18,3 bilhões superior ao obtido entre janeiro e abril do ano passado. O resultado mostra a força das vendas no comércio e acompanha a melhora das condições econômicas das famílias, com mais emprego e renda. Das nove atividades pesquisadas, seis obtiveram aumento no faturamento real no quarto mês do ano: farmácias e perfumarias (17,2%); lojas de eletrodomésticos eletrônicos e L.D. (10,9%); supermercados (9,6%); concessionárias de veículos (9,6%); autopeças e acessórios (6,8%); e lojas de vestuário, tecidos e calçados (6,3%).
De acordo com a Federação, apesar dos juros elevados, o crédito continua amplo e farto no sistema financeiro às pessoas físicas, com acesso tanto por meio dos cartões de crédito quanto pelos carnês. No entanto, segundo o Banco Central (Bacen), a inadimplência para o consumidor paulista tem aumentado, cenário que pode gerar algum risco para o ritmo de crescimento do segmento em um futuro próximo. Por outro lado, as possibilidades de renegociação de dívidas em atraso — com poder de barganha maior, frente à estabilidade no empego — representam um ponto favorável ao consumidor.
No caminho inverso, o grupo de outras atividades registrou queda de 18,6% no contraponto anual. A redução expressiva nos preços dos combustíveis, quando comparados com o mesmo período de 2022, é um dos motivos para esse resultado. Contudo, vale lembrar que isso não implica queda de consumo, mas compras em valores menores. Também apresentaram quedas os setores de móveis e decoração (-5,8%) e materiais de construção (-5,3%). Essas atividades estão ligadas diretamente à indústria da construção civil — que, diante de juros elevados, segue lidando com vendas limitadas.
Segundo a FecomercioSP, é importante ressaltar que, apesar do recorde de faturamento para o mês, os varejistas enfrentam dificuldades financeiras. Apesar de a receita estar mais alta, o lucro não segue, necessariamente, a mesma tendência. O custo de crédito elevado, o aumento da inadimplência e os preços dos fornecedores nas alturas são fatores que dificultam o dia a dia das empresas — mesmo que toda a conjuntura não seja negativa.
Ainda assim, a tendência é positiva para os próximos meses, com recomposição da renda real permitindo um avanço do consumo. A PCCV de maio, mês do Dia das Mães, deve comprovar a solidez do setor varejista, ao apontar crescimento na maioria das regiões do Estado.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.