Negócios
01/09/2016FecomercioSP analisa impacto da crise sobre comércio eletrônico
Faturamento do setor caiu 7,4% no primeiro trimestre, apontam dados da Federação divulgados na pesquisa WebShoppers
Número de compras virtuais no Estado de São Paulo caiu 7,2% no primeiro trimestre deste ano
(Arte/TUTU)
Com apoio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), foi lançado nesta quinta-feira (1º) o relatório WebShoppers, com informações e análises da E-bit sobre o comércio eletrônico no Brasil no primeiro trimestre de 2016. A crise que atinge a economia brasileira vem impactando o desempenho do varejo paulista e, consequentemente, afetou o do e-commerce.
No primeiro trimestre de 2016, o faturamento real do comércio eletrônico paulista atingiu R$ 3,6 bilhões, o que representa uma queda de 7,4% na comparação com os R$ 3,9 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. Naquela época, o e-commerce havia tido alta de 0,9% sobre os três meses iniciais de 2014.
Análise da Federação aponta que o comércio eletrônico, assim como o varejo como um todo, vem sofrendo com a inflação elevada - que corrói o poder de compra dos trabalhadores -, os juros altos, a menor oferta de crédito ao consumo e o aumento do desemprego.
A partir dessa queda do faturamento real, o relatório mostra que a participação do e-commerce nas vendas do varejo paulista caiu para 3,3% no primeiro trimestre de 2016, contra 3,6% no mesmo período de 2015.
Essa retração pode ser explicada pelo fato de muitas das atividades mais atingidas pela crise – como as categorias de vestuário e calçados e eletrodomésticos e eletrônicos – serem as com maior participação nas vendas on-line.
Vendas
O número de compras virtuais no Estado de São Paulo teve queda de 7,2% no primeiro trimestre deste ano. De janeiro a março, foram realizados 9,529 milhões de pedidos, contra 10,267 milhões nos três primeiros meses de 2015.
O tíquete médio ficou praticamente estável nos R$ 378 em ambos períodos. As regiões que apresentaram os maiores gastos por pedido foram Marília (R$ 472,97), Taubaté (R$ 470,39) e Jundiaí (R$ 428,91). Na outra ponta, a Capital possui o menor tíquete médio, de R$ 339,71. A região, porém, responde por mais de 40% do total de pedidos e mais de 36% do faturamento real do e-commerce, de forma que é natural que o tíquete médio seja inferior ao das demais localidades.
Entre as regiões paulistas com maior participação do comércio eletrônico no faturamento do varejo, em primeiro lugar aparece o ABCD, cuja presença chegou a 4,5% no primeiro trimestre, seguido pela Capital (4,2%), Campinas (3,8%), Taubaté (3,8%) e o Litoral (3,4%).
Perspectivas
Embora 2016 tenha começado com resultados ruins para o e-commerce, pesquisas apontam para uma possível melhora no segundo semestre.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da FecomercioSP, atingiu 98 pontos em junho, registrando alta de 7,9% na comparação com maio e de 8,2% em relação a junho de 2015. O resultado é a primeira elevação na comparação com o mesmo mês do ano anterior desde janeiro de 2013.
Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) atingiu 128,5 pontos em junho, alta de 7,2% na comparação com maio e de 26,6% em relação a junho de 2015. O crescimento foi o maior registrado pelo indicador desde janeiro de 2010.
De maneira geral, caso a tendência de melhora das expectativas se consolide, o ano deve terminar melhor do que começou para o segmento.
Para conferir a pesquisa completa, clique aqui.
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