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Economia

FecomercioSP apresenta ao líder da pauta de IA no Congresso os 10 princípios para uma regulamentação que não crie amarras ao uso da tecnologia

Decálogo elaborado pela Federação busca segurança jurídica sem perda da competitividade empresarial

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FecomercioSP apresenta ao líder da pauta de IA no Congresso os 10 princípios para uma regulamentação que não crie amarras ao uso da tecnologia
O seminário "O Marco Regulatório da Inteligência Artificial no Brasil na era pós-ChatGPT" foi organizado pela FecomercioSP (Foto: Walmir Souza)

Por Priscila Trindade e Wesley Damiani

Em mais um capítulo importante para a economia nacional, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) lançou um decálogo sobre o Marco Regulatório da Inteligência Artificial (IA) no Brasil, durante o seminário O Marco Regulatório da Inteligência Artificial no Brasil na era pós-ChatGPT, na última sexta-feira (30). Os princípios foram apresentados ao Senador Eduardo Gomes, eleito presidente da nova Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCCD), que poderá contribuir nas discussões sobre o tema.

O documento — elaborado pelo Conselho de Economia Digital e Inovação da Federação com o apoio técnico de Rony Vainzof, consultor em Proteção de Dados da Entidade — tem como foco os diretos fundamentais e a segurança jurídica, mantendo o estímulo à competitividade empresarial. “Com uma regulação excessiva, quem terá coragem de implementar esses recursos no seu dia a dia, nos negócios e no relacionamento com o cliente? A FecomercioSP formulou esse decálogo em relação ao marco regulatório de IA, que visa identificar os pontos principais que deveriam ser as diretrizes de qualquer regulação da tecnologia no Brasil. O mundo está discutindo a regulamentação de IA, e o grande debate não é se devemos regular, mas quando e como”, disse Vainzof.

Durante o evento, Andriei Gutierrez, coordenador do Conselho, destacou o fato de que o tema é assunto no mundo inteiro. França e Estados Unidos, inclusive, estão chamando a atenção para a questão regulatória e apostando fortemente no desenvolvimento do setor, com dezenas de bilhões de dólares investidos em pesquisa e inovação, com atenção especial a como mitigar os efeitos da IA e otimizar a competitividade. O mesmo empenho regulatório tem ocorrido no Japão, na Inglaterra, na Austrália e em diversas outras nações.

Já no Brasil, Gutierrez complementou, pouco se tem atentado para o que tem acontecido no cenário internacional pós-ChatGPT e para sua importância à estratégia de país, com foco na regulamentação, na segurança e nos desenvolvimentos econômico e social. “É importante que o debate avance não apenas centrado no fator regulatório, mas na competitividade, na estratégia nacional e na proteção dos direitos fundamentais. Um dos meios para isso é o fortalecimento da ANPD [Autoridade Nacional de Proteção de Dados], em vez de se criar uma nova agência regulatória, por exemplo”, disse.

Seminário O Marco Regulatório da Inteligência Artificial no Brasil na era pós-ChatGPT Seminário O Marco Regulatório da Inteligência Artificial no Brasil na era pós-ChatGPT
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Gutierrez ainda ponderou que a sociedade acordou para a importância da IA, bem como para os direitos sociais, os riscos imediatos e, sobretudo, para a questão do futuro do emprego. “A discussão fundamental é como iremos requalificar os trabalhadores para o século 21. Eu diria, ainda, que o tema é central para o desenvolvimento da estratégia nacional. É um momento rico, mas precisamos de sobriedade para entender o que está acontecendo. Nessa transição, precisamos olhar para as políticas que trarão segurança jurídica e preparar os setores produtivos”, defendeu.

Também participaram do encontro: Kelly Carvalho, Assessora Econômica da Federação; Lucas Borges, gerente de Projetos da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD); Fabrício da Mota Alves, sócio e coordenador a área de Direito Digital e Proteção de Dados do Serur Advogados e membro da Comissão de Juristas do Senado Federal para apreciação dos projetos de lei que tratam da regulamentação da IA no Brasil; Eduardo Paranhos, líder do GT de IA da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes); Daniel Stivelberg, privacy lawyer do Nubank; Diogo Cortiz - Cientista cognitivo e futurista, Professor da PUC-SP; Samantha Oliveira, DPO do Mercado Livre.

Decálogo                                                                                                   

Confira, a seguir, os dez princípios que devem permear a regulamentação da IA no Brasil - Marco Regulatório da IA no Brasil — construindo um futuro algorítmico sustentável, elaborado pela FecomercioSP. 

1) Regular o uso, e não a tecnologia
2) Avaliar a aplicação da legislação em vigor e a competência dos órgãos constituídos
3) Observar as normas sobre a responsabilidade civil existentes
4) Obedecer ao regime atual das sanções administrativas
5) Abordagem principiológica e contextual baseada em riscos
6) Soft law combinado com flexibilidade regulatória
7) Promover a autorregulação regulada 
8) Empregar regulação descentralizada com interoperabilidade regulatória e coordenação central
9) Incentivar a inovação responsável
10) Participar do debate de padronização global

Clique aqui para acessar o PDF completo

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