Os dois encontros recentes do governo federal com representantes da Alemanha foram positivos para uma reaproximação entre os dois países, conforme destaca o Conselho de Relações Internacionais da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Logo no dia 1º de janeiro, o presidente Frank-Walter Steinmeier compareceu à posse presidencial; e no dia 30 do mesmo mês, o País recebeu a visita do primeiro-ministro, Olaf Scholz. Temas como meio ambiente, energias renováveis e o Acordo de Associação Mercosul-União Europeia (composto pelos integrantes de ambos os blocos) estiveram na pauta da visita da autoridade alemã ao Brasil.

Meio ambiente e sustentabilidade

Para a FecomercioSP, o compromisso com as preservações do meio ambiente e da Floresta Amazônica é bom para a imagem do Brasil no exterior e garante a volta de investimentos internacionais em fundos de proteção. A pauta é abrangente e pode reverberar na exportação de produtos agrícolas nacionais para novos mercados.

A Entidade ainda ressalta a importância do tema para destravar o acordo entre Mercosul e União Europeia, pendente de ratificação pelos congressos nacionais dos países do bloco sul-americano e pelo Parlamento Europeu.

Ainda no aspecto ambiental, a experiência brasileira também pode render parcerias e cooperação técnica para o desenvolvimento de fontes de energia renováveis – este estreitamento faria do País um receptor de investimentos.

As possibilidades de melhora para a economia com uma maior abertura comercial explicam por que esta é uma das bandeiras da Federação, uma vez que é o caminho para reduzir o custo Brasil e aumentar a produtividade e a competitividade nacionais, beneficiando consumidores e atividades econômicas envolvidas. Tudo por meio da geração de emprego e renda, acesso a recursos mais baratos e de maior conteúdo tecnológico, a fim de propiciar ganhos de escala e alcançar um crescimento sustentável em longo prazo.

Relação de resultados

A Alemanha, quarta maior economia do mundo, é um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Para se ter uma ideia da importância do país europeu, a Câmara de Comércio Brasil-Alemanha estima que as empresas alemãs são responsáveis por cerca 10% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial brasileiro.

Além disso, de acordo com informações do Banco Central (Bacen), a Alemanha é o oitavo país com maior investimento no Brasil. Hoje, são aproximadamente mil empresas alemãs atuando em solo nacional. Segundo levantamento do Deutsch Bundesbank (banco central alemão), o estoque de investimentos no Brasil era de 18,7 bilhões de euros em 2018.

No comércio exterior, o Brasil exportou US$ 6,3 bilhões para a Alemanha no ano passado, crescimento de 24,3% em relação a 2021, posicionando o país europeu no 11º lugar no ranking de principais destinos das nossas exportações. Já as importações atingiram US$ 12,8 bilhões, sendo a Alemanha a quarta principal origem das compras de bens feitas pelo País no exterior. Dentre os principais itens da pauta comercial, exportamos café torrado (27%), farelos de soja e outros alimentos para animais (16%) e minério de cobre (11%), enquanto importamos compostos químicos (8,6%), adubo ou fertilizantes químicos (7%), partes e acessórios de veículos (6,7%) e medicamentos (5,9%).

Saiba mais

Para saber mais sobre assuntos como esse, conheça as ações do Conselho de Relações Internacionais da FecomercioSP.