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Editorial

FecomercioSP e SindilojasSP solicitam ao Poder Público ações de combate à criminalidade no centro da capital paulista

Entidades pleiteam a ampliação da quantidade de bases fixas da GCM instaladas no centro, além de celeridade na implementação do Smart Sampa e outras medidas

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FecomercioSP e SindilojasSP solicitam ao Poder Público ações de combate à criminalidade no centro da capital paulista
Os frequentes roubos, furtos e arrastões resultam na diminuição da circulação de clientes, levando muitos lojistas a reduzir horários e dias de funcionamento (Arte: TUTU)

Comerciantes da região central da cidade de São Paulo estão temerosos pela segurança de funcionários e clientes diante das situações cada vez mais frequentes de assaltos, roubos e arrastões. Infelizmente, o que muitos empresários da região têm relatado é o receio de manter as portas abertas para atendimento ao público, o eventual encerramento  das atividades (até mesmo de lojas tradicionais) ou a mudança do estabelecimento para outra região diante do aumento da criminalidade.  

É preciso mencionar também os prejuízos que essas empresas vêm sofrendo com a queda da demanda, assim como a preocupação com o turismo histórico da região, altamente impactado por essa onda de crimes.  

Preocupados com o problema, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e o Sindicato do Comércio Varejista e Lojista do Comércio de São Paulo (SindilojasSP) estão em contato direto com os poderes públicos estadual e municipal solicitando a adoção de medidas mais incisivas na região central em prol da segurança dos espaços públicos.  

Ao governo estadual, à prefeitura e às secretarias de Segurança Pública, as entidades defendem: 

·       ampliação da quantidade de bases fixas da Guarda Civil Metropolitana (GCM), principalmente no centro histórico da capital, medida imprescindível para possibilitar que os agentes operantes da CGM possam atender prontamente às ocorrências de delitos.

·       desenvolvimento de ações de inteligência para a identificação de logradouros mais suscetíveis a práticas de ilicitudes e reforço do patrulhamento comunitário e preventivo, com mais viaturas e policiais nas ruas, locomovendo-se principalmente em motocicletas e em bicicletas nos pontos mais vulneráveis. 

·       instauração de canais diretos de comunicação entre os empresários da região central e os agentes de segurança pública que ali atuam — por exemplo, um grupo de WhatsApp — para que eles possam informar com celeridade qualquer suspeita de ato criminoso nos estabelecimentos deles ou nos entornos dessas lojas, além do botão de pânico, que possibilita a indicação imediata à base policial mais próxima de que eles estão passando por situação de perigo.  

·       à prefeitura, as entidades pleiteam a celeridade na implementação do Smart Sampa, uma vez que a instalação de 20 mil câmeras na cidade, sendo 2,5 mil na região central, é fundamental para a atuação integrada de órgãos de segurança pública, como a GCM e as polícias Militar e Civil, nos monitoramentos locais com vistas ao combate ao crime em tempo integral. 

Ao relatar o problema por meio de ofício ao governador do Estado, Tarcísio de Freitas; ao vice-governador, Felício Ramuth; ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes; ao secretário da Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite; e à secretária municipal de Segurança Urbana, Elza Paulina de Souza,  as entidades solicitaram o agendamento de audiências para tratar dos pleitos e propiciar amplo diálogo com os empresários da região a fim de discutir de outras ações que possam ser implementadas.  

Danos ao comércio 

Os frequentes roubos, furtos e arrastões resultam na diminuição da circulação de clientes, levando muitos lojistas a reduzir horários e dias de funcionamento, prejudicando os seus negócios e, muitas vezes, obrigando-os as fechar permanentemente.   

Ainda que pesem os esforços empregados pelo município e pelo Estado na melhoria da segurança pública na região, é visível que há muitos imóveis vazios no centro da capital paulista, antes ocupados por estabelecimentos comerciais que encerraram as atividades. O uso irregular de imóveis abandonados, a ocupação indevida de calçadas e a venda de mercadorias ilegais que ocorrem na região exigem que a demanda causada pela insuficiência de fiscalização seja suprida. 

Aqueles que, apesar das ações violentas de criminosos, resistem em manter os negócios abertos, recorrem a práticas incomuns, como atendimento ao público atrás de grades de contenção — o que ocasiona perdas nas vendas —, ou contratação de serviço de segurança privada, o que eleva os custos dos empresários que já investem, empregam e geram renda. 

Além do aumento de delitos no centro, a degradação dos riquíssimos patrimônios público e cultural afasta visitantes dos principais pontos históricos que a cidade oferece, afetando a cadeia econômica constituída pelos setores de comércio, de serviços e de turismo. 

As entidades ainda consideram que foi importante a reavaliação feita pelo governo estadual referente ao deslocamento da Cracolândia da região da Luz para o bairro do Bom Retiro, amplamente reconhecido pela vastidão de atividades comerciais, as quais seriam profundamente prejudicadas com a concretização da medida aventada.

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