Economia
22/09/2015FecomercioSP oficializa posição contrária a volta da CPMF
Entidade encaminhará ofícios aos senadores, deputados e sindicatos
A FecomercioSP encaminhará ofícios aos senadores, deputados e sindicatos, reforçando sua posição contrária à volta da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). Para a Federação, o aumento de impostos é inaceitável, pois agrava ainda mais a crise econômica ao retirar recursos de famílias e empresas e transferi-los a um Estado ineficiente.
Entre os argumentos dos ofícios está o fato de a carga tributária brasileira, que atinge 36% do Produto Interno Bruto (PIB), ser uma das mais altas do mundo e superar a de todos os países emergentes, cuja média é de 25% do PIB.
Além disso, é fundamental destacar que impor novos custos à sociedade, neste momento de crise, sinaliza falta de sensibilidade política, uma vez que a alíquota de 0,20% sobre movimentações financeiras pode agravar o quadro inflacionário, enquanto a retirada de cerca de R$ 32 bilhões anuais de circulação decorrente da volta do "imposto do cheque" tende a prejudicar ainda mais a atividade econômica.
Para a Entidade, a política econômica tem como desafio recuperar a confiança dos empresários para que eles retomem seus investimentos e voltem a gerar empregos. Dessa forma, qualquer aumento de carga tributária gerará exatamente o efeito inverso, com aumento da inflação e do desemprego.
O diagnóstico da FecomercioSP é de que o desequilíbrio das contas públicas é estrutural e não será revertido com medidas pontuais. Portanto, o momento é propício para se repensar a organização do Estado Brasileiro e avançar em um ajuste fiscal a longo prazo, com medidas que reduzam efetivamente o nível das despesas públicas, evitando propostas fáceis e economicamente improdutivas como o aumento de carga tributária.
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