Editorial
06/12/2016FecomercioSP recebe prefeito eleito de São Paulo em encontro com empresários
João Doria Júnior destacou gestão descentralizada e parcerias com setor privado para desenvolver negócios na cidade
Questionado sobre o grande número de desempregados nos setores paulistanos do varejo, atacado, serviços e turismo, Doria expressou preocupação para 2017
(Foto: Miguel Schincariol/TUTU)
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) recebeu, nesta segunda-feira (05/12), o prefeito eleito de São Paulo, João Doria Júnior, e sete de seus futuros secretários, durante a reunião de Plenária da Federação. Em tom otimista, Doria salientou que o objetivo do seu governo será de desenvolver parcerias com a iniciativa privada, além de promover uma gestão descentralizada, delegando responsabilidades e cobrando resultados a todas as secretarias e subprefeituras. No campo do empreendedorismo, o novo prefeito da capital paulista prometeu diversas parcerias com entidades educacionais como Senac e Sebrae-SP, além de iniciativas conjuntas com a FecomercioSP com o objetivo de promover melhorias para os setores de varejo, atacado, serviços e turismo.
Durante a apresentação do corpo técnico da futura Prefeitura de São Paulo, o presidente da FecomercioSP, Abram Szajman, destacou as reviravoltas políticas e econômicas vivenciadas pelo Brasil e pelo mundo em 2016, culminando na eleição inédita em primeiro turno de João Doria Júnior. "O ano de 2016 foi um período de mudanças, tanto na Europa com a saída de países da Zona do Euro, até as eleições nos Estados Unidos, que resultaram na eleição de Donald Trump. Está clara a indignação da população mundial com a classe política e isso também foi visto no Brasil, com as eleições de prefeitos novatos no Rio de Janeiro e em São Paulo, o que aumenta ainda mais a responsabilidade de cada um", apontou Szajman.
Em seu discurso, Doria afirmou que seu compromisso será com a boa gestão e não com a reeleição, em 2020, e fará um trabalho descentralizado, onde todas as secretarias terão protagonismo para alcançarem os objetivos traçados. "Vamos trabalhar em dobro e fazer em quatro anos o que fariam em oito. Para isso, montamos uma equipe de excelência, com secretários, secretários-adjuntos e subprefeitos capazes de entregar um bom serviço para a população e sem comprometimento político. Na minha gestão não haverá indicações políticas", ponderou.
Durante a plenária, Doria apresentou para empresários, presidentes de sindicatos filiados à FecomercioSP e jornalistas presentes, sete de seus 22 secretários: Bruno Covas (vice-prefeito e secretário de Prefeituras Regionais); Wilson Poit (Desestatização); Daniel Annenberg (Inovação e Tecnologia); Alexandre Schneider (Educação); Eliseu Gabriel (Trabalho e Empreendedorismo); André Sturm (Cultura); e Jorge Damião (Esportes).
Questionado sobre o grande número de desempregados nos setores paulistanos do varejo, atacado, serviços e turismo, Doria expressou preocupação para 2017, mas confirmou otimismo com 2018. "No próximo ano, a previsão é de apenas 1% de crescimento do PIB brasileiro, o que inibe a criação de empregos. Já em 2018, as projeções indicam crescimento na casa dos 3,5%, que dá margem a geração de empregos. Neste aspecto, vamos investir em parcerias com instituições respeitadas para qualificar nossos jovens para o mercado de trabalho, como o Sebrae-SP e o Senac, que têm excelência no ensino e ajudarão a chegarmos a regiões periféricas, onde não existe educação profissional", apontou.
Além disso, o futuro prefeito prometeu desburocratizar questões trabalhistas, para abertura e fechamento de empresas e mudar regras urbanistas para beneficiar o empresariado paulistano. "Temos o desafio de digitalizar todos os processos da Prefeitura de São Paulo e acabar com o papel. Isso vai agilizar o andamento das solicitações e modernizar os processos. Também vamos melhorar o atendimento de todos os órgãos públicos ligados à Prefeitura, dando a eles o 'padrão Poupatempo' de atendimento, que é avaliado positivamente pela maioria da população", afirmou.
Na área de mobilidade urbana, que impacta diretamente no desempenho dos trabalhadores e na geração de empregos, Doria apontou que dará preferência ao transporte sobre rodas e também investirá em ações que aproximam empresas das áreas periféricas da cidade. "Temos que criar empregos mais próximos de onde as pessoas vivem. Quanto menos tivermos deslocamentos longos, menor será o trânsito na cidade", indicou o prefeito que tomará posse no dia 1º de janeiro de 2017.
Questão Uber x Táxi
O prefeito eleito não fugiu da polêmica sobre a presença de aplicativos de serviços de táxis na cidade de São Paulo para os próximos quatro anos. Segundo Doria, os serviços serão incentivados e regulamentados, conforme as exigências requeridas aos táxis comuns e também fará todos secretários e funcionários da Prefeitura usarem táxis em seus compromissos e não mais os veículos oficiais. "Por ano, a Prefeitura gasta em média R$ 120 milhões com carros, combustível, manobrista, estacionamento, etc. Esse gasto pode ser reduzido e vamos utilizar os serviços de táxis da cidade para fazer todos os deslocamentos", afirmou. Ainda segundo o tucano, aplicativos e táxis não acabarão um com o outro e poderão conviver harmoniosamente na cidade, com a regulamentação correta.
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