Economia
01/10/2015Federação considera que reforma ministerial anunciada é necessária, mas não justifica a volta da CPMF
Para Entidade, a redução de R$ 200 milhões de gastos da União estimada pelo Governo Federal é apenas simbólica e tem pouco efeito nas contas públicas
Diante da instabilidade política e da necessidade de se cortar gastos e avançar em ajustes importantes, a reforma ministerial era mais do que necessária. Essa é a avaliação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a qual destaca também que é preciso buscar governabilidade e maior eficiência administrativa.
Entretanto, a Entidade ressalta que algumas medidas ainda são genéricas - como o corte de até 20% nos gastos de custeio - e precisam ser esclarecidas. De qualquer forma, a redução de R$ 200 milhões de gastos da União estimada pelo próprio governo é apenas simbólica e tem pouco efeito nas contas públicas - já que para atingir a meta de superávit primário de 0,7% do PIB em 2016 a economia necessária fica na casa dos R$ 65 bilhões. Ainda assim, trata-se de um passo importante na direção correta e é uma sinalização de que o governo reconhece a necessidade de se cortar gastos públicos.
A Federação volta a ressaltar, contudo, que a redução de ministérios e o corte dos gastos não podem servir de justificativa para aumento de impostos e a volta da CPMF, e que a maior governabilidade deve ser aproveitada para avançar em reformas estruturais capazes de resolver, com o tempo, os problemas das despesas crescentes do setor público.
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