Negócios
19/06/2017Fim do e-Sedex será pouco percebido pelo consumidor, defende Pedro Guasti
“Hoje o mercado já desenvolveu alternativas, principalmente para médias e grandes cidades que podem substituir o serviço dos Correios”, afirma presidente do Conselho de Comercio Eletrônico da FecomercioSP
Para vendedores que têm flexibilidade dentro da margem de lucro, o caminho será contratar outros serviços dos Correios ou até mesmo de empresas privadas, mantendo preços cobrados do consumidor final
(Arte/Banco de Imagens)
Os Correios anunciaram nesta segunda-feira, 19, o fim do e-Sedex, tipo de envio usado por lojas on-line e disponível no mercado há 17 anos, no qual os serviços oferecidos eram entregas rápidas, vendidas a taxas mais baratas que a postagem tradicional. De acordo com os Correios, o motivo da descontinuidade seria a aprovação de uma nova política comercial. A partir de agora, todas as postagens deverão ser feitas via Sedex ou PAC.
“De forma geral, essa mudança vai ser pouco percebida pelo consumidor”, explica Pedro Guasti, presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP. “Hoje o mercado já tem muitas alternativas, principalmente para médias e grandes cidades, feitas por empresas privadas, que podem substituir o serviço dos Correios”, completa.
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Para os vendedores que têm flexibilidade dentro de sua margem de lucro, o caminho natural será contratar outros serviços dos Correios ou até mesmo de empresas especializadas em entrega expressa, mantendo os mesmos preços. Caso não exista essa margem, explica Guasti, só resta repassar o preço para o consumidor. “É o que acontece na grande maioria dos sites de e-commerce com a redução de frete grátis, pois ele é caro e não pode ser assimilado completamente pelas companhias”.
Ainda segundo Guasti, o e-commerce hoje conta com firmas especializadas, que oferecem serviços de logística adequados às necessidades do comercio eletrônico. “Com uso intensivo de tecnologia é possível otimizar as corridas, melhorar a roteirização e comunicação, permitindo uma distribuição mais eficiente dos produtos na cidade. Ainda permite que o custo seja mais barato, muitas vezes até menos que o e-Sedex”, afirma. “Para médias e grandes empresas em médias e grandes cidades, estão surgindo alternativas muito interessantes a preços mais competitivos”.
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