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Imprensa

Forte queda nas vendas de eletroeletrônicos e vestuário derruba faturamento do varejo na região do ABCD paulista

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São Paulo, 10 de setembro de 2014 - O varejo da região do ABCD paulista registrou receita de R$ 2,232 bilhões no mês de junho, com queda de 13% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esta é a segunda maior retração entre as 16 regiões pesquisadas no Estado de São Paulo, ficando atrás apenas da baixa registrada em Guarulhos (-14,3%). Na comparação com maio de 2014, o recuo verificado no ABCD paulista é de 9,1%; no acumulado do ano, a queda é de 5,9%.

Os dados constam da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), apresentada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O levantamento não é uma pesquisa por amostragem. Ele reflete o faturamento efetivo do varejo segundo informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).

A perda de receita na região do ABCD paulista se deve, principalmente, à forte queda nas vendas nas lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-49%), que apresentaram faturamento de R$ 52,1 milhões, e nas lojas de vestuário, tecidos e calçados (-41%), com receita de R$ 231,6 milhões.

As vendas nos supermercados e nas farmácias e perfumarias, embora tenham apresentado crescimento, não foram suficientes para atenuar o resultado negativo de junho. Os supermercados, que respondem pela maior parcela do movimento financeiro do comércio da região e somaram R$ 759 milhões de faturamento, apontaram crescimento de 2,1% na receita no intervalo de um ano. As farmácias e perfumarias faturaram R$ 193,6 milhões em junho - aumento de 1,2% na comparação com junho de 2013.

A segunda atividade mais representativa na região, composta pelas concessionárias de veículos, registrou no período entre junho de 2013 e junho de 2014 redução de receita em 22,2%, aos R$ 313,9 milhões.

As lojas de materiais de construção apontaram redução de faturamento em 6,7%, aos R$ 156,1 milhões registrados em junho. A receita das lojas de departamentos ficou em R$ 128,3 milhões, após recuo de 2,7%.

As lojas de móveis e decoração faturaram R$ 33,8 milhões, com redução de 13,7% sobre igual mês de 2013. Já a receita de autopeças e acessórios caiu 21,3%, totalizando R$ 29 milhões. Os demais segmentos do comércio em geral, entre os quais os postos de combustíveis são mais relevantes, registraram juntos faturamento de R$ 335,1 milhões, após recuo de 6,3%.

Desempenho estadual
As vendas do varejo no Estado de São Paulo atingiram R$ 39,4 bilhões em junho, com perda de 7,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi a quarta e mais aguda queda mensal consecutiva neste ano. Com o recuo de junho, o faturamento acumulado do comércio no ano deixou de registrar crescimento em relação ao mesmo período do ano passado. 

Os dados constam da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), apresentada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O levantamento não é uma pesquisa por amostragem. Ele reflete o faturamento efetivo do varejo segundo informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).

A exemplo de outros meses, as vendas nas concessionárias de veículos (-28,2%) e nas lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-20,2%) contribuíram fortemente para o resultado negativo. Também foi registrado recuo de faturamento nas lojas de materiais de construção (-17,4%), nas lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10%), de autopeças e acessórios (-3,8%) e de móveis e decoração (-2,7%).

Mais uma vez, as farmácias e perfumarias, com o aumento de 5,8% em suas vendas, apresentaram o maior crescimento. O setor de “outras atividades”, onde é preponderante a participação da venda de combustíveis e lubrificantes, cresceu apenas 0,4% em junho. O segmento de supermercados foi o que mais contribuiu para atenuar a queda mensal do comércio geral ao manter sua trajetória positiva no ano, novamente com aumento mensal de 2,9%. 

O resultado do semestre confirma as projeções da FecomercioSP divulgadas no final de 2013 de que este ano o setor encontraria dificuldades até mesmo para igualar o volume de receita registrado no ano passado. O crescimento nulo apurado nesses seis meses mostra nítida tendência de enfraquecimento no consumo.

Enfatizando a generalização da queda observada em junho, apurou-se recuo de vendas em 14 das 16 regiões pesquisadas no Estado, sendo que em seis delas as retrações foram maiores do que a média estadual: Guarulhos (-14,3%), ABCD (-13%), Capital (-11,6%), Ribeirão Preto (-9,7%), Litoral (- 9,1%) e São José do Rio Preto (- 7,6%). 

Segundo economistas da FecomercioSP, a gradativa e sistemática deterioração nos índices de desempenho varejista no Estado de São Paulo é consequência direta da insegurança e instabilidade geradas pelos principais indicadores econômicos, que claramente contaminam a confiança dos consumidores.



Nota metodológica 

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 
 
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e dez setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de departamentos; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 
 
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado. 
 

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