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Sustentabilidade

Geração Y promove verdadeira corrida por projetos verdes

Novos projetos têm sido criados no Brasil, mas falta de políticas públicas ainda é um problema a ser superado

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Geração Y promove verdadeira corrida por projetos verdes

O desmatamento na Amazônia, por exemplo, fez a Noruega cortar pela metade parte dos recursos para o Fundo Amazônia
(Arte/TUTU)

Com informações de Rodrigo Caetano

A visão de mundo da geração Y, também chamada de millennials, está promovendo uma verdadeira corrida por projetos verdes. Nascidos em uma época de grandes avanços tecnológicos, eles anseiam por novidades que preservem o meio ambiente e sejam sustentáveis.

Com foco nessa consciência, surgiu a Fazenda da Toca, localizada a cerca de 200 quilômetros de São Paulo. Comandada por Pedro Paulo Diniz, ex-piloto de Fórmula 1 e filho de Abilio Diniz, desde 2009, o espaço serve de teste para o conceito de “agroflorestal”.

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A expectativa do empresário é que a agricultura orgânica, livre de agrotóxicos, faça da Toca uma força de mercado capaz de mudar a forma de produzir alimentos ao mesmo tempo em que contribui para um mundo mais sustentável.

Em um futuro próximo, ações como a Toca serão vistas com mais frequência no Brasil, até porque o País tem grande potencial para emplacar projetos de sustentabilidade. Ter parte do território coberto por florestas e ser amplo possuidor de recursos naturais tornam o Brasil um local interessante para receber parte dos investimentos estrangeiros destinados a esse tipo de projeto.

Um dos desafios para o País está nos atrasos das políticas públicas. O desmatamento na Amazônia, por exemplo, levou a Noruega a cortar pela metade o envio de recursos para o Fundo Amazônia. O país nórdico chegou a contribuir com mais de US$ 1 bilhão para a ação que capta doações para projetos de combate ao desmatamento.

“É preciso entender que floresta em pé dá dinheiro. Sem uma estratégia estabelecida para a Amazônia, o País vai perder dinheiro”, afirma a diretora-executiva da Forest Stewardship Council (FSC), principal certificadora global de produtos de origem florestal, Aline Tristão Bernardes.

Outras oportunidades têm sido perdidas pelo governo. No ano passado, o único leilão previsto para a compra de energia de fontes limpas foi cancelado de última hora, e os recursos governamentais que poderiam incentivar a formação de uma cadeia de negócios forte, especialmente na área de geração eólica, não foram para frente.

Independentemente dos problemas enfrentados no Brasil, outros países seguem em busca de negócios sustentáveis. Hoje ao menos 24 nações obtêm 5% ou mais de sua energia dos ventos, e, em 13 países, a energia eólica já representa mais de 10% da matriz.

Confira mais na edição 443 da revista Problemas Brasileiros, que pode ser acessada aqui.

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