Negócios
15/06/2015Gestão de e-commerce exige conhecimento de mercado
Os trâmites para começar um e-commerce incluem capacitação para estruturar o negócio
Por Deisy de Assis
O interesse de empreendedores em implantar e-commerces é crescente. Mas você sabe o que é necessário para que as vendas pela internet funcionem bem? Para iniciar uma boa gestão nesse tipo de negócio, o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP, Pedro Guasti, ressalta que uma combinação é imprescindível: planejamento e conhecimento de mercado.
“Fazer um bom plano, buscar conhecimento para entender o mercado e avaliar as melhores soluções e a plataforma mais adequada são cuidados a serem tomados”, diz Guasti, que não deixou de mencionar ainda as precauções importantes para qualquer mercado, como a cautela com as gestões administrativa, financeira, logística e de atendimento ao cliente.
Os trâmites iniciais para começar um e-commerce são a abertura de uma empresa e, em paralelo, a busca por capacitação para estruturar o negócio. “O mercado já oferece cursos de capacitação para quem pretende empreender no e-commerce”, comenta.
Lojas de pequeno e médio portes podem contratar plataformas de e-commerce que oferecem manutenção em seus contratos de serviço. A parte visual e de User Experience (experiência do usuário) do site pode ser de responsabilidade da loja caso tenha uma equipe de web design e especialistas para alteração dessa camada.
As plataformas de código aberto também são uma possibilidade, conforme coloca Guasti. “Já as grandes operações geralmente contratam soluções de fornecedores de plataforma mais complexas ou usam tecnologia interna e preferem desenvolver suas soluções”, frisa.
Investimento e equipe
O investimento para a estruturação de uma loja virtual varia muito dependendo do porte e diferencial do negócio. Guasti argumenta que uma loja virtual simples pode custar menos de R$ 5 mil para ser estruturada, já considerando a plataforma, meio de pagamento, análise de fraude e pesquisa de certificação, como E-bit e back office para gestão.
No entanto, o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico alerta que os custos de marketing online têm subido muito nos últimos anos, o que representa uma dificuldade às pequenas empresas, que não conseguem acompanhar o aumento de preços.
Quanto à equipe, se for uma loja pequena, Guasti menciona que pode ser administrada por poucas pessoas, geralmente pelos fundadores e assistentes. “No caso de uma grande operação de e-commerce, por exemplo, pode ter mais de três mil pessoas, considerando áreas de tecnologia, marketing, administração, logística, atendimento a clientes e distribuição”, diz.
Logística pode ser simples ou terceirizada
Para fazer a logística de um pequeno e-commerce, com baixo volume de vendas, os processos são simples. Guasti comenta que a loja deve oferecer os produtos disponíveis para venda (em estoque). A responsabilidade da entrega de produtos de até 30 quilos quase sempre é dos Correios, que cobre todo o território nacional, baseando-se em uma tabela de CEPs com datas de entrega previamente acordadas.
No caso de médias e grandes empresas de e-commerce, a responsabilidade da logística com frequência é mista. “Pode envolver empresas terceirizadas responsáveis pelo fullfilment e transporte dos produtos até 30 Kg e acima desse peso”, argumenta.
O serviço de logística reversa ou troca de produtos é oferecido pelos Correios e pode ser contratado pelos gestores de e-commerce. Geralmente o preço não é repassado ao consumidor, mas é importante que o cliente acesse previamente a política de troca e devolução da loja caso precise deste serviço.
Veja as dicas de segurança:
- Verifique no mercado quais são as opções de sistemas e/ou plataformas imunes a ataques;
- Você pode consultar as que já são usadas por outras empresas ou verificar alguma que se adeque melhor ao seu e-commerce;
- Os bancos de dados devem usar criptografia (senha) para evitar acessos indevidos;
- Para as páginas com informações pessoais, estão disponíveis certificados digitais que garantem a segurança.
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