Sustentabilidade
30/07/2018Gestores públicos devem considerar dimensão política da sustentabilidade
Análise é do professor Zysman Neiman, coordenador pedagógico do curso de extensão gratuito da Unifesp UM BRASIL Sustentável: visões, desafios e direções, a ser promovido em agosto em parceria com o UM BRASIL e a Raps
“Para fazer com que a economia funcione, é preciso considerar políticas específicas para cada tipo de problema ambiental", explica
(Arte: TUTU com foto de Christian Parente)
Quais os caminhos possíveis para a incorporação do conceito de sustentabilidade nas políticas públicas? E como considerar as características desse tipo de desenvolvimento nas dimensões social, ambiental, econômica, ética, cultural, estética e política? Especialistas no tema vão discutir essas questões no curso de extensão UM BRASIL Sustentável: visões, desafios e direções, que será realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Desenvolvido em parceria com o UM BRASIL, a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps) e o Programa de Mestrado em Análise Ambiental Integrada, da Unifesp, o curso é gratuito e será realizado em agosto, nos dias 14, 15, 16, 22 e 23.
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O coordenador pedagógico do curso, Dr. Zysman Neiman, enfatiza que, atualmente, a proposta da sustentabilidade para a política e a gestão dos países defende como possível a manutenção do crescimento econômico eficiente (sustentado) acompanhado de melhoria das condições sociais de vida, melhor distribuição de renda e respeito ao meio ambiente.
“Para fazer com que a economia funcione, é preciso considerar as políticas específicas para cada tipo de problema ambiental a ser enfrentado, ao que se deve somar a estabilização da produção global de resíduos em níveis sustentáveis, começando pela determinação da escala sustentável de uso dos recursos naturais”, explica o professor e pesquisador.
Neiman defende que a determinação de uma escala sustentável de uso dos recursos do planeta envolva uma mudança de valores sociais e individuais que substitua a busca de maximização do ganho ou do bem-estar, pela solidariedade inter e intragerações. Segundo ele, isso exige processos coletivos de tomada de decisão e de implementação de políticas públicas.
“A dimensão política da sustentabilidade deve ser considerada, e os gestores públicos precisam rever seus procedimentos para que a sociedade como um todo encontre soluções para que o equilíbrio entre a economia, a equidade social e a saúde ambiental sejam igualitariamente garantidas. O desenvolvimento deve ser mais do que simples crescimento ou acumulação de capital, porque implica também a distribuição dos benefícios a toda a sociedade. Se o gestor público não perceber a importância da mudança de compreensão, fica mais difícil para os cidadãos incorporarem a sustentabilidade, ficando à mercê de políticas públicas equivocadas que apenas resolvem as consequências dos problemas, sem atacar as suas causas” afirma.
O curso de extensão presencial será realizado no auditório da reitoria da Unifesp, na Rua Sena Madureira, nº 1.500, térreo, Vila Clementino, na zona sul de São Paulo. Cada encontro será composto por duas aulas, cada um com duas horas de duração. O tempo será dividido entre uma apresentação e um debate com os presentes. A aula inaugural do curso será apresentada pelo presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, José Goldemberg.
O evento é aberto ao público e não há processo seletivo, mas as vagas são limitadas. As inscrições vão de 10 de julho a 10 de agosto e podem ser feitas aqui.
As aulas ministradas serão gravadas, e o conteúdo, divulgado nos canais digitais do UM BRASIL.
Informações do evento
Data: dias 14, 15, 16, 22 e 23 de agosto
Horário: 18h30 às 22h30
Local: Avenida Sena Madureira, 1.500, térreo – Vila Clementino
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