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Editorial

Governo de São Paulo precisa de plano urgente para reabertura gradual e segura

Em ofício ao governador João Doria, FecomercioSP defende a necessidade de um plano sólido para a volta das atividades no Estado

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Governo de São Paulo precisa de plano urgente para reabertura gradual e segura

Os prejuízos alcançados nos meses de março, abril e maio no comércio varejista devem superar R$ 44 bilhões
(Arte: TUTU)

Em ofício encaminhado nessa terça-feira (26) ao governador João Doria, a FecomercioSP aponta que o Estado precisa aplicar urgentemente um protocolo de reabertura gradual e monitorada das atividades econômicas em São Paulo.

O plano deve contemplar métodos de como combater o espalhamento do coronavírus de forma eficiente, organizada, segura – sem exposição da população à doença – e balizada pelos melhores conselhos científicos.

A reabertura gradual precisa levar em conta aspectos regionais e setoriais e estar vinculada a alguns fatores, como avaliação constante da capacidade de atendimento nas UTIs e enfermarias locais, evolução da transmissão de covid-19 e capacidade de aplicação de protocolos sanitários robustos onde for possível o relaxamento da quarentena.

A Federação entende que o governo pode adotar até mesmo um isolamento intermitente, caso necessário, desde que condicionado a todos os indicadores de utilização dos equipamentos de saúde e a protocolos sanitários intersetoriais. A Entidade se coloca à disposição para aprofundar o debate e lembra que nunca se posicionou contrária às ações em prol da saúde ou da economia, tendo defendido, para os governos federal, estadual e municipal, medidas que preservem as pessoas e as empresas dos impactos mais severos da pandemia, uma vez que as propostas apresentadas até o momento pelo Poder Público não têm sido suficientes para a manutenção da economia e dos negócios.

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Uma das frentes de atuação da Federação durante a crise tem sido pela liberação de mais recursos e facilitação de acesso ao crédito às empresas, principalmente aos micros, pequenos e médios negócios, pela suspensão e parcelamentos de tributos, flexibilização das relações de trabalhos, entre outras ações para preservar o ambiente de negócios.

Situação grave para empresas e empregos

A conjuntura econômica do Estado está se agravando. De acordo com estimativa da FecomercioSP, levando em consideração que as atividades retornem somente no dia 1º de junho, os prejuízos alcançados nos meses de março, abril e maio no comércio varejista devem superar R$ 44 bilhões, com perda diária de R$ 659,7 milhões – o comércio considerado não essencial responde pela maior parte desse prejuízo diário, de cerca de R$ 400 milhões. A queda de vendas do varejo paulista em 2020 deve chegar a R$ 83,5 bilhões.

No segmento das atividades não autorizadas a abrir, a queda pode atingir 49,3% em relação ao mesmo período do ano passado, considerando um cenário otimista em que consigam alguma receita por meio de canais alternativos de vendas não presenciais, como delivery e comércio eletrônico, entre outros.

A perda média de receita diária ao longo desses 58 dias atinge quase R$ 660 milhões – quase R$ 400 milhões decorrentes das atividades com restrição de funcionamento.

Esse cenário fica pior em razão da falta de liquidez nos negócios e do impacto da pandemia no endividamento das empresas e na renda das pessoas. Ganhando menos, as famílias estão com dificuldades para pagar contas e dívidas. A inadimplência somente na capital paulista, por exemplo, segue em patamar histórico elevado (21,6%) e deve bater novo recorde nos próximos meses.

 
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