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Economia

Incerteza eleitoral faz renda fixa ser boa opção para investidor cauteloso

Apesar de render menos com a queda dos juros, modalidade traz mais segurança do que ações e títulos cambiais

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Incerteza eleitoral faz renda fixa ser boa opção para investidor cauteloso

Para se proteger em um momento de cautela, aplicação recomendada é a renda fixa
(Arte/Tutu) 

O Brasil não passa um ano sequer sem que seja atormentado por problemas ou denúncias no ambiente político, situações que dificultam a formação de uma boa estratégia de investimento. Por muitos anos, contudo, a decisão de investir foi bastante simples: bastava aplicar em renda fixa.

A renda fixa propiciava ao investidor três características que são praticamente impossíveis de obter em uma aplicação financeira ao mesmo tempo: liquidez, baixo risco e alta rentabilidade. Normalmente, a decisão de investir passa por escolher modalidades que ofereçam dois desses três atributos, abrindo mão de um deles.

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Atualmente, em função da queda dos juros, a renda fixa está rendendo menos, o que faz o investidor buscar outras formas de aplicar seu dinheiro. A ironia é que, em um momento em que a economia recomenda cautela, os investidores estão “de mal” da poupança e dos certificados de depósito bancário (CDBs).

Na busca por melhores opções, muito se fala sobre o câmbio. Quando o câmbio dá sinais de descontrole, os investidores correm para comprar dólar. Em geral, cometem o erro de comprar na alta e vender na baixa.

Para evitar esse equívoco, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) recomenda aplicações em renda fixa. A Entidade acredita que comprar dólar ou títulos vinculados ao câmbio neste momento é muito arriscado.

Outra opção é aplicar em Bolsa, uma vez que, recentemente, o Ibovespa, principal índice da B3, caiu de 86 mil para cerca de 75 mil pontos. Contudo, essa opção aumenta a exposição ao risco, exigindo equilíbrio e sangue frio do investidor em momentos desfavoráveis.

Para este ano, ainda é possível esperar uma retomada do Ibovespa, em especial quando o cenário eleitoral se definir minimamente – o que não ocorrerá antes de agosto. Além disso, essa recuperação deve ocorrer somente se as pesquisas indicarem que discursos mais radicais não sejam os favoritos ao pleito presidencial.

A FecomercioSP acredita que há boas chances de que um candidato mais moderado saia vitorioso. Portanto, quem quiser comprar ações, pode aproveitar este momento para adquirir papéis em relativa baixa. Os mais conservadores podem esperar até agosto e ganhar com a normalização do ambiente político do País, principalmente em 2019.

De todo modo, o momento é de cautela, por isso, a renda fixa é a opção mais recomendada. Para os mais ousados, a queda do Ibovespa pode ser uma oportunidade, não tão segura e sem garantias de rentabilidade no curto prazo, mas com boa liquidez e potencial de valorização.

Comprar dólar ou fazer aplicações no câmbio servem para quem aposta que o ambiente político não possa melhorar gradativamente. Por ora, esse não é o cenário com o qual a FecomercioSP trabalha.

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