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Imprensa

Índice de Confiança do Consumidor recua 0,9% em outubro, aponta FecomercioSP

Entretanto, após 44 meses consecutivos de queda no comparativo anual, avaliação dos consumidores em relação às condições econômicas atuais subiu 5,5% na comparação com outubro de 2015

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São Paulo, 31 de outubro de 2016 - Após duas altas consecutivas, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do município de São Paulo registrou queda de 0,9% ao passar de 107 pontos em setembro para 106 pontos em outubro. Mesmo com a leve queda, o indicador permanece acima da marca dos 100 pontos, que delimita a fronteira entre pessimismo e otimismo. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, porém, houve elevação de 19,4%. 

O ICC é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Composto pelo Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e pelo Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), o indicador varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa pessimismo e acima de 100, otimismo. 

A queda do indicador em outubro foi motivada pela retração de 1,4% do índice que mede as expectativas do consumidor (IEC), que passou de 139,1 em setembro para 137,2 pontos no mês atual. Em relação a outubro de 2015 houve elevação de 24,1%. Houve assimetria na percepção dos consumidores com renda acima e abaixo de dez salários mínimos. O primeiro grupo registrou alta de 4,5% ao passar de 147,8 para 154,5 pontos, já o segundo grupo apresentou recuo de 4,4%, caindo de 135,1 para 129,1 pontos. No comparativo anual, os dois grupos exibiram alta de 33,6% e 19,3%, respectivamente. 

Em contrapartida, o Índice das Condições Atuais da Economia (ICEA), outro componente do ICC, apresentou alta de 0,7%, ao passar de 58,7 em setembro para 59,1 pontos em outubro. Após 44 meses consecutivos de quedas no comparativo anual (desde janeiro de 2013), o indicador subiu 5,5% em relação a outubro de 2015. O grupo de consumidores que mais influenciou essa alta do indicador foi o com renda superior a dez salários mínimos com alta de 8,3% na comparação com setembro, passando de 65,1 para 70,5 pontos. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o avanço foi de 16,4%. Por outro lado, o ICEA dos consumidores com renda abaixo de dez salários caiu 3,4% na comparação mensal, passando 55,7 para 53,8 pontos, e ficou praticamente estável (-0,3%) em relação a outubro de 2015. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a leve queda do ICC em outubro é proveniente dos resultados apurados pelo IEC, que após ter atingido o maior patamar em três anos em setembro, pode ter sofrido um ajuste pontual nas expectativas em outubro. 

O destaque positivo, segundo a Entidade, foi a terceira alta consecutiva na avaliação dos consumidores em relação ao momento atual e o fato de que pela primeira vez, desde janeiro de 2013, o ICEA superou a pontuação registrada no mesmo mês do ano anterior. Na avaliação da Federação, a retomada da confiança vem ocorrendo de forma gradual a partir da capacidade de reação mais consistente da atividade econômica. 

Metodologia
O ICC é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. 

Os resultados são segmentados por nível de renda, gênero e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas. 

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central dos Estados Unidos.

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