Economia
25/04/2018Índice de Estoques tem alta de 1,1% em abril, porém, por maus motivos, aponta FecomercioSP
Segundo a Entidade, resultado foi motivado pela queda na proporção de empresários que declararam ter falta de produtos nas prateleiras
Mais comerciantes afirmam ter mercadorias paradas, enquanto menos empresários afirmam que precisam repor os estoques
(Arte: TUTU)
O Índice de Estoques (IE) do varejo na cidade de São Paulo teve alta de 1,1% em abril, ao passar de 113,3 pontos em março para 114,6 pontos no mês atual. Em relação ao mesmo período de 2017, o indicador subiu 16%. Neste mês, a parcela de empresários que consideraram seus estoques adequados foi de 57,1%, alta de 0,7 ponto porcentual (p.p.) em relação a março; e de 7,9 p.p. se comparado ao mesmo mês de 2017.
Os dados são levantados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e captam a percepção dos varejistas sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, variando de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.
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Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a alta, no entanto, deu-se por maus motivos, já que a queda de 1 p.p. na proporção de empresários que declararam ter estoques abaixo do adequado (12,6%) pode indicar uma desaceleração no ritmo de retomada das vendas. Além disso, a parcela de empresas com excesso de produtos nas prateleiras avançou 0,5 ponto porcentual, ao passar de 29,5% em março para 30% em abril.
Ou seja, mais comerciantes afirmam ter mercadorias paradas, enquanto menos empresários afirmam que precisam repor os estoques. De acordo com a Entidade, esse resultado tem coerência com a percepção de muitos varejistas de que o ritmo de recuperação da economia está demorando mais do que se esperava para engrenar.
De acordo Federação, o porcentual de empresários com estoques elevados caiu um pouco com as vendas de Natal, mas, de lá para cá, a evolução praticamente estancou. Para que ele volte ao patamar pré-crise (de menos de 25%), será necessário mais uma rodada de otimismo e crescimento das vendas, o que ocorreu de forma muito tênue e localizada – em setores como automóveis e grandes empresas, por exemplo, – no primeiro trimestre desse ano.
A Entidade destaca ainda que o indicador de estoques tem sido o mais resistente e demorado a reagir à recuperação já em curso na economia desde 2017. Agora, com essa percepção de que o primeiro trimestre do ano teve desempenho um pouco abaixo do esperado, o ajuste definitivo fica descartado para o primeiro semestre.
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