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Economia

Índice de Estoques tem alta de 1,1% em abril, porém, por maus motivos, aponta FecomercioSP

Segundo a Entidade, resultado foi motivado pela queda na proporção de empresários que declararam ter falta de produtos nas prateleiras

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Índice de Estoques tem alta de 1,1% em abril, porém, por maus motivos, aponta FecomercioSP

Mais comerciantes afirmam ter mercadorias paradas, enquanto menos empresários afirmam que precisam repor os estoques
(Arte: TUTU)

O Índice de Estoques (IE) do varejo na cidade de São Paulo teve alta de 1,1% em abril, ao passar de 113,3 pontos em março para 114,6 pontos no mês atual. Em relação ao mesmo período de 2017, o indicador subiu 16%. Neste mês, a parcela de empresários que consideraram seus estoques adequados foi de 57,1%, alta de 0,7 ponto porcentual (p.p.) em relação a março; e de 7,9 p.p. se comparado ao mesmo mês de 2017.

Os dados são levantados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e captam a percepção dos varejistas sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, variando de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.

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Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a alta, no entanto, deu-se por maus motivos, já que a queda de 1 p.p. na proporção de empresários que declararam ter estoques abaixo do adequado (12,6%) pode indicar uma desaceleração no ritmo de retomada das vendas. Além disso, a parcela de empresas com excesso de produtos nas prateleiras avançou 0,5 ponto porcentual, ao passar de 29,5% em março para 30% em abril.

Ou seja, mais comerciantes afirmam ter mercadorias paradas, enquanto menos empresários afirmam que precisam repor os estoques. De acordo com a Entidade, esse resultado tem coerência com a percepção de muitos varejistas de que o ritmo de recuperação da economia está demorando mais do que se esperava para engrenar.

De acordo Federação, o porcentual de empresários com estoques elevados caiu um pouco com as vendas de Natal, mas, de lá para cá, a evolução praticamente estancou. Para que ele volte ao patamar pré-crise (de menos de 25%), será necessário mais uma rodada de otimismo e crescimento das vendas, o que ocorreu de forma muito tênue e localizada – em setores como automóveis e grandes empresas, por exemplo, – no primeiro trimestre desse ano.

A Entidade destaca ainda que o indicador de estoques tem sido o mais resistente e demorado a reagir à recuperação já em curso na economia desde 2017. Agora, com essa percepção de que o primeiro trimestre do ano teve desempenho um pouco abaixo do esperado, o ajuste definitivo fica descartado para o primeiro semestre.

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