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Economia

Iniciativa estimula a participação de mulheres no comércio internacional

FecomercioSP destaca a importância de políticas públicas eficazes para reduzir barreiras e promover equidade de gênero no mercado

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Iniciativa estimula a participação de mulheres no comércio internacional

As mulheres ainda enfrentam barreiras consideráveis na hora de ingressar no mercado de trabalho. Prova disso é o estudo Mulheres no Comércio Exterior: uma Análise para o Brasil, realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que revela que apenas 14% das empresas exportadoras brasileiras e 13% das importadoras têm predominância feminina nos quadros societários. 

O desafio é global: de acordo com a World Bank Enterprise Survey, em 76 países em desenvolvimento e emergentes analisados, apenas 10% das empresas de manufatura e 12% das empresas de serviços exportadoras são lideradas, predominantemente, por mulheres.

Além disso, os custos e as barreiras ao Comércio afetam os negócios menores de forma desproporcional, o que acaba desencorajando essas pessoas a buscar mercados globais. Considerando que a maioria das empresas lideradas por mulheres é formada por micro e pequenas, medidas que reduzam os custos de entrada no mercado internacional são essenciais.

Incentivo à participação feminina

Recentemente, na 13ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil aderiu ao Global Trade and Gender Arrangement (GTAGA), um acordo que visa promover a equidade de gênero no comércio exterior por meio de cooperação internacional e políticas públicas dedicadas. 

Com a participação de países como Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador, México, Nova Zelândia e Peru, o GTAGA inclui iniciativas que vão desde o apoio ao empreendedorismo feminino até a educação financeira e o acesso a financiamentos.

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) ressalta a importância de garantir que as políticas propostas pelo acordo sejam efetivamente implementadas, evitando o conhecido “genderwashing” — adoção superficial de iniciativas de gênero sem a devida substância. 

O GTAGA propõe o desenvolvimento de programas de capacitação específicos para empresas lideradas por mulheres, além da promoção de encontros e fóruns bilaterais que incentivem o intercâmbio de experiências e melhores práticas. Na primeira reunião do GTAGA, que ocorreu em 26 de junho, no âmbito do Grupo de Trabalho (GT) de Comércio e Investimentos do G20, os países-membros abordaram experiências em projetos e estatísticas que busquem melhor quantificar a participação das mulheres no comércio exterior e, assim, identificar oportunidades e promovê-las. 

Benefícios do comércio internacional

Para a FecomercioSP, os benefícios do comércio internacional vão além dos lucros financeiros imediatos. Uma maior participação na cadeia global de bens e serviços não apenas oferece acesso a matérias-primas, tecnologia e mercados consumidores como também impulsiona índices de produtividade e inovação. 

Empresas engajadas na área frequentemente experimentam aumento na capacidade produtiva, diversificação geográfica, redução de riscos e acesso a novas culturas, contribuindo, assim, para a redução das desigualdades de gênero.

Esses benefícios, além de fortalecer os negócios, promovem um ambiente mais inclusivo, ajudando a diminuir essas discrepâncias ao oferecer oportunidades equitativas para mulheres empreendedoras se destacarem globalmente.

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