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Imprensa

Inteligência Artificial exige nova infraestrutura computacional

Consumo excessivo de energia requer alternativas renováveis para abastecer data centers

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Inteligência Artificial exige nova infraestrutura computacional
Dentre os assuntos cobertos pela FecomercioSP no evento, destacam-se os impactos do uso da IA para as empresas e o futuro do trabalho (Fotos: divulgação Web Summit)

Com as aplicações de Inteligência Artificial (IA) se popularizando pelo mundo em variados tipos de negócios, o apetite pelo poder de computação também explodiu. E a tendência é que essa busca incessante por mais infraestrutura computacional se mantenha em ascensão pelos próximos três anos.

Quem garante essa tendência é Michael Intrator, CEO da CoreWeave, empresa que provê soluções na área. “Nossos clientes planejam aumentar ou acelerar a demanda por poder computacional. A tendência é de escalada contínua, e acredito que os clusters de data centers crescerão tanto a ponto de o seu tamanho ser inimaginável dois anos atrás”, afirmou o executivo, durante o Web Summit Lisboa 2024. O evento, uma das principais conferências do calendário mundial de inovação e tecnologia, reúne mais de 70 mil empresários e investidores de 160 países, além de 3 mil startups.

Para que esse crescimento se dê na medida das necessidades, um dos caminhos pode ser o surgimento de novos chips. Hoje, a solução da Nvidia é a que melhor permite trabalhar com supercomputação, mas há muita gente, incluindo grandes players, batalhando para tomar esse lugar. Melhores circuitos integrados podem levar a melhores computadores e melhores aplicações.

Ainda que da “guerra dos chips” surjam opções melhores, mantém-se a necessidade de um esforço para que os data centers tenham acesso à energia e reduzam o impacto ao meio ambiente. “Para torná-los mais eficientes, estão instalados em locais mais frios, assim como em localidades onde haja acesso à energia renovável”, explicou Intrator, da CoreWeave.

Rika Nakazawa, chefe de Inovação da NTT, empresa de telecomunicações que sempre contou com data centers, destaca que o consumo de energia é uma preocupação antiga desse mercado. Embora não negue a possibilidade de infraestruturas gigantes, ela vê oportunidade para a criação de uma rede de pequenos clusters de dados, instalados em locais estratégicos como forma de reduzir os reflexos ambientais que causam.

(Fotos: divulgação Web Summit) (Fotos: divulgação Web Summit)
(Fotos: divulgação Web Summit) (Fotos: divulgação Web Summit)
(Fotos: divulgação Web Summit) (Fotos: divulgação Web Summit)
(Fotos: divulgação Web Summit) (Fotos: divulgação Web Summit)
(Fotos: divulgação Web Summit)
(Fotos: divulgação Web Summit)
(Fotos: divulgação Web Summit)
(Fotos: divulgação Web Summit)

Outra ideia que pode frear a fome voraz pelo poder de computação — e, portanto, pelo consumo de energia — é o desenvolvimento de sistemas de IA menores e mais focados. Em vez dos LLMs (Large Language Models, como é o ChatGPT), devem surgir os Small Language Models (SLMs). “Esses modelos não precisam de tanta capacidade para fazer a ferramenta funcionar”, afirmou Rika.  

Mas mesmo que os sistemas sejam mais focados, a produção energética ainda é uma questão para o planeta, até porque há alguns lugares e países em que falta eletricidade até para a vida diária da população. Segundo Rosanne Smith, COO da Northern Data Group, a saída possível para garantir a estabilidade energética no futuro é o desenvolvimento de energia nuclear para abastecer data centers. “Um pequeno reator pode abastecer uma central de processamento de dados sem nem entrar na rede elétrica. Assim, não afeta a vida das pessoas”, ponderou.

Ela reconhece que ainda que haja esforços para reduzir o impacto e o consumo de energia, é importante que essas escolhas não encareçam demais o preço da computação. “Estamos usando energias sustentáveis, escolhemos localizações no círculo polar ártico para gastar menos no resfriamento, mas não é suficiente”, disse Rosanne — lembrando que é preciso pensar em democratizar o acesso a esse tipo de infraestrutura, caso contrário, vai impedir a inovação e a entrada de pequenos players

Web Summit 2024 
Dentre os assuntos cobertos pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) no Web Summit 2024 em Lisboa, destacam-se os impactos do uso da Inteligência Artificial (IA) para as empresas e o futuro do trabalho, bem como os aspectos relacionados à regulamentação da ferramenta — temas presentes nos debates do Conselho de Economia Digital e Inovação e do think tank de IA da Entidade. Na próxima semana, um relatório com os principais insights do evento será divulgado nos canais digitais da Federação. Fique ligado!

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