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Imprensa

Intenção de consumo atinge o maior patamar desde julho de 2015 com 75,6 pontos em dezembro, aponta FecomercioSP

Segundo a Entidade, o destaque do mês foi o item Momento para Duráveis, que registrou alta de 12,5% na comparação mensal e atingiu 54,6 pontos

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São Paulo, 27 de dezembro de 2016 - O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou em dezembro a sexta alta consecutiva, alcançando os 75,6 pontos, o maior patamar desde julho de 2015. O crescimento foi de 2,4% em relação a novembro e 14,6% no contraponto anual. O ICF é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

O destaque positivo de dezembro foi o item Momento para Duráveis, que registrou alta de 12,5% na comparação mensal e atingiu 54,6 pontos. De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, apesar do aumento, a pontuação deste item ainda é muito baixa, na escala de 0 a 200, o que significa que 70% dos paulistanos ainda considera um mau momento para adquirir bens como tv, fogão, geladeira, entre outros. 

Para a Entidade, o principal motivador da alta do Momento para Duráveis foram as ofertas da Black Friday, a qual também teve efeitos positivos sobre o item Nível de Consumo Atual, que passou de 42,4 pontos em novembro para 45,8 pontos este mês, alta de 7,8%. Já o item Perspectiva de Consumo ficou praticamente estável com variação de -0,3% e 68,7 pontos, mas na comparação anual foi o item que apresentou o maior ganho (48,6%).

Com relação à Renda Atual, nem o 13º salário animou os paulistanos e o item avançou apenas 0,5% em relação ao mês anterior atingindo 82,8 pontos em dezembro, enquanto o item Acesso ao Crédito apresentou uma pequena alta de 0,1% em relação a novembro e queda de 3,9% na comparação anual, atingindo 68,4 pontos. Para a FecomercioSP, o resultado mostra que com a maior seletividade dos bancos diante da crise econômica e os juros altos, o consumidor encontra mais dificuldades na obtenção de crédito para compras a prazo.

Já os itens relacionados ao emprego tiveram resultados positivos. Emprego Atual registrou crescimento de 0,4% e ficou com 99,1 pontos, próximo ao ponto de indiferença no qual o número de respostas de sentimento de segurança e insegurança no emprego é igual. O item Perspectiva Profissional exibiu elevação de 2% e é o único no patamar de satisfação com 110,2 pontos, mostrando que a maioria dos paulistanos prevê uma melhoria profissional para o responsável pelo domicílio nos próximos seis meses.

Na análise por faixa de renda, os dois grupos evoluíram em dezembro. As famílias com renda acima de dez salários mínimos passaram de 75,1 pontos para 77,7 pontos em dezembro, alta de 3,5%.  O índice de Intenção de Consumo das famílias com renda inferior a dez salários mínimos cresceu 2% em relação ao mês anterior e atingiu os 74,9 pontos.

Segundo a FecomercioSP, encerrar o ano com mais uma alta do ICF e completar um segundo semestre com variações positivas é um bom resultado e mostra que os paulistanos saíram de um nível muito elevado de insatisfação. A média de pontuação dos últimos seis meses foi de 70,7 pontos, 5,1% acima da média dos primeiros seis meses de 2016, alta motivada, principalmente, pela melhora das expectativas para a economia brasileira.

Para o início do próximo ano, a tendência para o indicador é positiva tanto pelo lado da inflação menor quanto pelo reajuste do salário mínimo e do período de liquidações.

Metodologia

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: emprego atual; perspectiva profissional; renda atual; acesso ao crédito; nível de consumo atual; perspectiva de consumo e momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, transformando-se, com base no ponto de vista dos consumidores e não no uso de modelos econométricos, em uma ferramenta poderosa para o varejo, fabricantes, consultorias e instituições financeiras.

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