Economia
01/11/2017Intenção de consumo das famílias atinge 80,3 pontos em outubro, a maior pontuação desde junho de 2015
Segundo pesquisa da Entidade, o subíndice Perspectiva de consumo foi o destaque do mês de outubro, com alta mensal de 7,9% e anual de 19,8%
Desde fevereiro o ICF vem oscilando entre 77 e 79 pontos, e agora passa a linha dos 80 pontos, um bom termômetro para os empresários do setor
(Arte/TUTU)
Menos pessimistas, a maioria dos paulistanos está mais segura no seu emprego do que no mesmo período de 2016, fazendo com que voltem a consumir. É o que revela o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que subiu novamente em outubro ao atingir 80,3 pontos, 1,7% superior aos 79 pontos registrados em setembro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve crescimento de 9,2%, quando o ICF se situava em 73,5 pontos. Desde fevereiro o ICF vem oscilando entre 77 e 79 pontos, e agora passa a linha dos 80 pontos, um bom termômetro para os empresários do setor - que se programam para as vendas de Natal, principal data do varejo.
O ICF é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação, em relação às condições de consumo.
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O destaque de outubro foi o item Perspectiva de consumo, que apresentou uma alta anual de 19,8% e atingiu a maior pontuação desde abril de 2015. Em outubro, o item passou dos 75,6 para os 81,5 pontos, alta mensal de 7,9%. A pesquisa mostra que 26% dos paulistanos disseram que o consumo da sua família e da população em geral tende a ser maior nos próximos meses, enquanto que em outubro do ano passado, esse porcentual era de 20%.
Além do Perspectiva de consumo, dos sete itens analisados pelo ICF, outros quatro também registraram pontuações superiores às de setembro. O item Emprego atual teve alta de 1,3%, passando dos 101,7 pontos em setembro para os 103,1 pontos neste mês e atingindo o maior patamar desde junho de 2015, quando apontava 106 pontos. Os dados de Perspectiva profissional apresentaram uma redução de 1,1% no contraponto mensal, registrando 101,6 pontos em outubro ante os 102,7 em setembro. Contudo, o item ainda está na área de satisfação, ou seja, acima dos 100 pontos.
Segundo a FecomercioSP, mais segurança no emprego aliado a uma taxa de juros mais baixa proporcionam ao consumidor melhores condições de aquisição de bens duráveis. O item Momento para duráveis avançou 1,9% na comparação mensal, passando de 54,5 pontos em setembro para 55,6 pontos em outubro. No mesmo mês do ano passado, o porcentual de entrevistados que consideravam um mau momento para compras de bens duráveis era de 74%, enquanto nesta pesquisa passou para 70%.
O Nível de consumo atual subiu 1,9% na comparação com setembro, passando de 51,2 para 52,2 pontos. No contraponto anual, cresceu 28,5%, já que em outubro de 2016, registrava 40,6 pontos. Contudo, 59% das famílias da capital paulista afirmaram comprar menos do que em relação há um ano, redução de 8 pontos percentuais em relação ao mesmo mês do ano passado.
O item Acesso ao crédito mostrou crescimento mensal de 1,4%, atingindo 78,2 pontos. É a quarta elevação seguida que sinaliza mais facilidade dos cidadãos da capital paulista em conseguir financiamento para compras a prazo. No período de 12 meses, houve aumento de cinco 5 pontos percentuais, de 22% para os atuais 27%, dos entrevistados que disseram estar mais fácil contrair crédito.
A Renda atual dos entrevistados ficou estável em outubro, mantendo os 89,8 pontos de setembro, mas no contraponto anual houve elevação de 10,3%.
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias com renda abaixo de dez salários teve alta de 1,7% na comparação com setembro, atingindo 78,5 pontos. O índice das famílias com renda superior a esse montante teve alta mensal de 1,6% em outubro, registrando 85,5 pontos. As elevações anuais foram de 8,6% e 11%, respectivamente.
A Federação ressalta que, de acordo com os dados do Caged na cidade de São Paulo, houve geração de quase 9 mil vagas entre janeiro e agosto deste ano. A melhora no mercado de trabalho permite o aumento das condições de consumo. Além disso, a inflação na RMSP, segundo o IBGE, está em 2,8% no acumulado de 12 meses, e o grupo específico de Alimentos e bebidas, o mais importante no orçamento das famílias, apresentou deflação de 1,8%. Esse é um ponto importante que com menor pressão de preços dá um alívio ao orçamento doméstico. Assim, a alta no ICF de outubro é ainda mais importante porque está próximo ao período de Natal.
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