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Economia

Intenção de consumo das famílias paulistanas registra quarta queda consecutiva em julho

Comportamento deve impactar negativamente o varejo de modo geral nos próximos meses

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Intenção de consumo das famílias paulistanas registra quarta queda consecutiva em julho

Famílias não sentem, de fato, uma inflação mais baixa, e há uma crescente preocupação em relação à renda e perda do emprego
(Arte: TUTU)

A intenção de consumo das famílias paulistanas registrou, em julho, queda pelo quarto mês consecutivo. No mês, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu 86,2 pontos, retração de 3,9% na comparação com junho. Esse comportamento deve impactar negativamente o varejo de modo geral nos próximos meses.

O indicador é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação, e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

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A sequência negativa do índice que se iniciou em abril evidencia ainda a deterioração das condições econômicas das famílias. Segundo a Entidade, as famílias não sentem, de fato, uma inflação mais baixa, e há uma crescente preocupação em relação à renda e perda do emprego, fatores fundamentais para alimentar o consumo.

Essa insatisfação também é resultado da incerteza político-econômica, algo comum em ano eleitoral, e dos reflexos da greve dos caminhoneiros, que provocou uma crise de desabastecimento e reduziu o fluxo de consumidores nos locais de compra.

Como maneira de retomar as vendas, a FecomercioSP orienta que os empresários mantenham atenção ao nível do estoque. Preservar esse nível adequado e realizar promoções para atrair os compradores de volta são alternativas para manter os negócios em um período de economia fraca.

Dados e tendência
Em julho, todos os sete itens que compõem o ICF ficaram abaixo da pontuação de junho, fato que não ocorria desde maio de 2016, quando o país atravessava o auge da crise política com o processo de impeachment.

Houve redução no apetite por compras de bens que são, em grande parte, financiados/parcelados, e 69% dos paulistanos disseram ser um mau momento para compra de produtos como geladeira, fogão, TV etc. No curto prazo, a tendência é a mesma, pois a maioria dos entrevistados (54,1%) afirmam estar consumindo menos do que há um ano.

A retração na intenção de consumo ocorreu em ambas as faixas de renda analisadas pelo ICF: tanto no grupo com renda superior a dez salários mínimos quanto no grupo inferior a dez salários.

Apesar das sucessivas quedas, o ICF está 10,3% acima do patamar registrado em julho de 2017, o que permite um aumento – mesmo que fraco – das vendas no varejo.

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