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Imprensa

Intenção de consumo do paulistano mantém estabilidade em setembro em relação a agosto, mas cresce 13% no comparativo anual

Segundo a FecomercioSP, os destaques do mês foram vistos nos indicadores Emprego Atual e Perspectiva Profissional, que atingiram 101,7 e 102,7 pontos, respectivamente, os únicos a permanecer no patamar satisfatório

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São Paulo, 29 de setembro de 2017 - O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) ficou estável em setembro em 79 pontos - 0,1% acima do patamar agosto, quando atingiu 78,9 pontos. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o indicador estava em 69,9 pontos, houve crescimento de 13%. O ICF é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação, em relação às condições de consumo.

O destaque do mês foi indicador de Emprego Atual, que cresceu 1,7% em setembro, com 101,7 pontos ante os 100 pontos de agosto e no contraponto anual houve aumento de 8,8% (93,5 pontos). O item Perspectiva Profissional atingiu em setembro 102,7 pontos, recuo mensal de 1%, e está 3,9% menor que no mesmo período do ano passado, quando registrou 106,9 pontos. Esses são os únicos itens do ICF que estão acima dos 100 pontos, patamar considerado de satisfação, revelando segurança e boas perspectivas em relação ao atual emprego e expectativa de uma melhora profissional para o responsável pelo domicílio nos próximos meses.

Esse grau maior de confiança no emprego permite que as famílias tenham uma propensão maior a consumir. O indicador Nível de Consumo Atual registrou alta de 1,1%, com 51,2 pontos, e avançou 31,1% no contraponto anual. O item Perspectiva de Consumo também teve elevação (1,8%) e atingiu 75,6 pontos, 26,7% acima do resultado visto no mesmo mês do ano passado.

De acordo com a Federação, já é perceptível a redução do pessimismo entre as famílias. A proporção de entrevistados que pretendem gastar nos próximos meses menos que no ano passado caiu de 58% para 47%. Quando questionados sobre o gasto atual, a proporção de entrevistados que responderam que está inferior ao ano anterior registrou 60%, ante 67% em 2016.

O indicador Momento para duráveis atingiu, em setembro, 54,5 pontos, queda de 2,4% em relação aos 55,9 pontos em agosto. Na comparação com o mesmo mês de 2016, o indicador avançou 22,3%. Em setembro de 2016, o porcentual de entrevistados que consideravam um mau momento para compras de bens duráveis eram 76%, e nesta pesquisa passou para 70%.

O item Acesso a Crédito registrou leve alta de 0,6% e atingiu 77,1 pontos, enquanto no contraponto anual a elevação foi de 14,5%. O indicador Renda Atual caiu 1,6%, registrando 89,8 pontos, mas ficou 14,8% maior que em setembro de 2016. A pesquisa mostra ainda que os entrevistados continuam insatisfeitos em relação ao crédito e à renda, contudo, para a Federação, a inflação mais baixa - inclusive deflação no principal grupo de despesa das famílias, a alimentação - e uma redução da taxa de juros contribuíram para a diminuição dessa insatisfação em relação a 2016.

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias com renda abaixo de dez salários teve leve redução de 0,8% na comparação com agosto, atingindo 77,2 pontos. O índice das famílias com renda superior a esse montante teve alta mensal de 2,3% em setembro, registrando 84,2 pontos. As elevações anuais foram de 11,2% e 18%, respectivamente.

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, finalmente o ICF conseguiu um grande avanço em relação a 2016, reduzindo o grau de insatisfação, porém, há outros entraves na economia e na política (como a geração de emprego), que ainda limitam o crescimento do indicador e o mantêm, de certa forma, numa área estável desde fevereiro.  Por mais que os dados de trabalho formal comecem a vir positivos, ainda é muito aquém do necessário para gerar um conforto maior para as famílias. Portanto, a tendência é que o ICF se mantenha próximo ao patamar atual.

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