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28/09/2016Intenção de financiamento cresce 24,9% em setembro, refletindo mais otimismo do consumidor, aponta FecomercioSP
Segundo Entidade, Índice de Intenção de Financiamento passou de 15,3 pontos em agosto para 19,1 pontos em setembro
São Paulo, 28 de setembro de 2016 - A situação econômica ainda exige cautela e apesar do alto índice de desemprego - fator de enorme instabilidade para o mercado de crédito - o novo aumento na Intenção de Financiamento em setembro reflete a elevação da confiança do consumidor, que está mais otimista em relação ao futuro da economia. É o que mostra o Índice de Intenção de Financiamento, um dos indicadores que compõem a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), ao apresentar alta de 24,9% em setembro, na comparação com agosto, passando dos 15,3 pontos para 19,1 pontos. No comparativo com o mesmo mês de 2015, houve um pequeno aumento de 0,1%. Atualmente, quase 10% dos consumidores paulistanos estão dispostos a tomar crédito, bem próximos dos 10,2% da média histórica.
A pesquisa é elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O Índice de Segurança de Crédito, que mede a capacidade do consumidor de pagar dívidas, porém, apresentou queda de 3,1% em setembro na comparação com agosto e atingiu 81,7 pontos. No comparativo anual o indicador mostrou retração ainda maior, de 4,9%. Entre os endividados, o índice teve retração mensal de 1,7%, enquanto, entre os não endividados, foi de -4,1%.
De acordo com a FecomercioSP, o Índice de Intenção de Financiamento tende a se manter em patamares baixos nos próximos meses, mas com ligeira elevação em relação ao final de 2015 e início deste ano, sinalizando uma percepção mais otimista da economia. De qualquer maneira, segundo a Entidade, a baixa proporção ao crédito é da cultura e das condições adversas à expansão de crédito no Brasil. A Federação ressalta que o mercado de crédito de relativo longo prazo, é muito recente no Brasil, e, neste momento, está basicamente parado, simbolizado pela paralisia do mercado imobiliário.
Aplicações
A poupança continua sendo a aplicação preferida dos paulistanos. Em setembro, 60,2% das famílias afirmaram que a poupança foi o principal destino dos seus recursos, queda de 4,1 pontos porcentuais (p.p.) na comparação com agosto. Em setembro de 2015 a proporção era de 69,3%.
Apesar de ainda ser a favorita, a poupança perdeu espaço ao longo dos últimos meses tanto para a renda fixa quanto para a previdência privada, diante de juros nominais de 14,25% e do envelhecimento da população.
A proporção de aplicadores em renda fixa passou de 17,7% em agosto para 21,3% em setembro, alta de 3,6 p.p.. No mesmo mês de 2015, a proporção era de 17,5%.
Aplicações em ações, segundo a FecomercioSP, podem ganhar espaço nos próximos meses por conta da melhoria das condições econômicas e pelo baixo valor das ações no Brasil após um longo período de queda da Bolsa. A proporção de aplicadores em ações que era de 1,9% em junho, passou para 2,6% em julho, 3,3% em agosto e 3,8% nesse mês. Em setembro de 2015, essa proporção era de 3,5%.
De acordo com a Federação, a tendência é que, no futuro, os juros básicos sejam reduzidos e é possível que os que mantiverem reserva financeira voltem a apostar na segurança da Caderneta de Poupança, mas também olhem para opções como Bolsa de Valores, por exemplo, principalmente vendo o desempenho atual das aplicações do Ibovespa.
Com a provável reforma da previdência e com o foco sobre esse assunto, a Entidade afirma ser possível que as aplicações em fundos de pensão e previdência privada ganhem novos adeptos. Essa é uma tendência que deve favorecer a poupança em longo prazo e deve ser estimulada de forma que os jovens de hoje proporcionem a aceleração do crescimento via investimentos de prazo longo, e garantam uma velhice mais próspera. Apesar da queda na comparação mensal, a proporção de aplicadores na previdência privada subiu 2,8 p.p. em relação a setembro de 2015 passando de 5,8% para 8,6%.
Sobre a PRIE
A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE) - apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) - tem o objetivo de acompanhar o interesse dos paulistanos em contrair crédito e a evolução da proporção de famílias endividadas na capital paulista que possuam aplicações financeiras, o que gera um índice de risco inerente a essas operações. Os dados que compõem a PRIE são coletados em 2,2 mil entrevistas mensais realizadas na cidade de São Paulo.
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