Economia
22/10/2018Intenção do empresário em investir tem alta de 2,5% em outubro; propensão a contratar tem queda de 0,6%
De acordo com a FecomercioSP, com o resultado dos dois indicadores, o Índice de Expansão do Comércio apontou leve alta de 0,7%
Aparentemente, o indicador começa a dar indícios de melhoria na margem e pode ser mais um momento de retomada
(Arte: TUTU)
O Índice de Expansão do Comércio (IEC), calculado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), apontou leve alta de 0,7% em outubro, passando de 94,2 pontos em setembro para os atuais 94,8. Esse foi o segundo recuo consecutivo. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, indicador voltou a cair (-3,7%) – a queda na comparação interanual não acontecia desde junho de 2016. Entretanto, houve reversão desse quadro: em agosto, o IEC se manteve estável e, tal como a FecomercioSP previu, caiu em setembro, e a queda interanual se repetiu em outubro.
Os dois indicadores que compõem o IEC reagiram de formas diferentes no mês de outubro. A propensão do empresário a investir subiu 2,5% em relação a setembro, passando de 75,6 para 77,4 pontos no mês atual. Em comparação com o décimo mês de 2017, quando apresentava 76,2 pontos, teve crescimento de 1,6%.
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O item que mede a expectativa de novas contratações registrou queda de 0,6% na mesma base de comparação, com 112,1 pontos em outubro, ante os 112,8 pontos em setembro. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, se confrontado com o mesmo mês do ano passado, o índice sofreu baixa de 7,1%, o quarto recuo seguido. No entanto, a tendência é que as contrações aumentem nos próximos meses em virtude das festas de fim de ano.
Ainda de acordo com a Federação, a melhoria da propensão a investir, com ligeira queda da intenção de empregar, demonstra resistência das empresas diante de um cenário muito incerto e que deve ser amenizado com o fim do período eleitoral. Aparentemente, o indicador de expansão começa a dar indícios de melhoria na margem e pode ser mais um momento de retomada, nesses muitos meses de altas e baixas que vêm acontecendo desde o Impeachment em 2016. Contudo, o processo de recuperação não deve ocorrer enquanto houver incertezas quanto ao tipo de política econômica a ser implementada a partir de 2019.
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