Economia
27/08/2018Intenção dos paulistanos de comprar algum produto com pagamento parcelado ou financiado cresce em agosto, aponta FecomercioSP
Se esse aumento for consistente, o varejo deve sentir efeitos positivos sobre as vendas nos próximos meses
Em agosto, 20,8% dos entrevistados da Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE) pretendem fazer dívidas para adquirir algum produto
(Arte: TUTU)
A leve melhora no humor dos consumidores em agosto traz boas perspectivas para o comércio no segundo semestre. Entretanto, os resultados ainda podem ser influenciados por um momento de grande tensão nos mercados, que é o período eleitoral. Por esse motivo, o empresário precisa ter “os pés no chão” na hora de projetar vendas. Além disso, para os estabelecimentos que oferecem crédito direto aos consumidores, é recomendável ter parcerias com bancos e financeiras, especialistas em avaliar riscos, para evitar calotes.
O aviso da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) se faz necessário porque a parcela de paulistanos que declararam ter a intenção de comprar um produto com pagamento parcelado ou financiado subiu em agosto.
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Agora, 20,8% dos entrevistados da Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), realizada mensalmente pela Entidade, pretendem fazer dívidas para adquirir algum produto. O Índice de Intenção de Financiamento cresceu pelo segundo mês consecutivo e atingiu 43,3 pontos em agosto – alta de 7,6% em relação a julho.
A intenção de financiamento tem correlação direta com a expectativa profissional, isto é, quem está mal-empregado ou desempregado não tem propensão elevada a se endividar. Se esse aumento da intenção de crédito for consistente, efeitos positivos devem ser sentidos pelo varejo, o que somente poderá ser observado ao longo dos próximos meses.
Em contrapartida, a segurança de crédito, ou seja, a parcela de consumidores com alguma reserva financeira, se deteriorou pelo terceiro mês consecutivo. O Índice Geral caiu 0,6% e chegou aos 77,5 pontos.
Aplicações
A poupança segue como a modalidade preferida dos paulistanos. Em agosto, 57,4% escolheram essa opção de investimento, queda de 1,2 ponto porcentual em relação ao mês anterior e recuo de 4,4 pontos porcentuais na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os investimentos em renda fixa caíram pelo segundo mês consecutivo e atingiram 20,6% em agosto. A parcela de aplicadores em ações atingiu 5,5%, alta de 2,2 p.p. em relação ao mês anterior e o maior valor da série histórica, iniciada em junho de 2012.
Aplicações como fundos imobiliários podem cair no gosto dos poupadores quando os resultados dos rendimentos de papéis vinculados ao setor começarem a ser divulgados. Previdência privada é uma boa opção, apesar dos movimentos instáveis de sobe e desce.
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