Economia
14/08/2017Interior paulista puxa retomada do emprego no Estado de São Paulo
No primeiro semestre, enquanto capital registra saldo negativo, Franca, Bebedouro e Pontal lideram em criação de vagas de trabalho
No Estado de São Paulo, foram criados 62 mil postos de trabalho no primeiro semestre de 2017
(ARTE/TUTU)
Os dados oficiais de emprego com carteira assinada mostram que o mercado de trabalho brasileiro tem apresentado leve melhora. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), braço do Ministério do Trabalho, no primeiro semestre deste ano foram criados 67 mil postos de trabalho no País. Embora pouco comparado ao saldo negativo nos últimos 12 meses (750 mil vagas fechadas), o número aponta para um início de recuperação da maior recessão que o País já enfrentou.
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No Estado de São Paulo, o mercado de trabalho apresentou trajetória similar. No primeiro semestre, foram criados 62 mil postos de trabalho. Dos 370 municípios paulistas que possuem mais de 10 mil habitantes, 71% registraram geração de vagas formais na primeira metade de 2017.
A geração de empregos se destacou no interior paulista, principalmente nas cidades do norte do Estado. Com 6.001 vagas criadas, Franca lidera o ranking do primeiro semestre, levando em consideração os mais diversos setores, como indústria, comércio, serviços, agropecuária, administração pública e indústria extrativa. Em seguida aparecem os municípios de Bebedouro e Pontal, com saldos positivos de 5.080 e 3.076 vagas de trabalho criadas, respectivamente.
Na outra ponta, o levantamento mostra que os municípios que mais demitiram do que contrataram no primeiro semestre estão na região metropolitana de São Paulo. Nesse quesito, a capital lidera, com 5.809 postos de trabalho fechados. Logo em seguida estão Guarulhos, com -2.758, e Osasco, cujo saldo negativo é de 2.409.
Os desempenhos municipais são reflexos de uma diferença de comportamento econômico entre o interior e a região no entorno da Grande São Paulo. No interior, há forte contribuição para a atividade econômica de setores típicos de exportação, como agropecuária e indústria de alimentos. O bom momento desses segmentos pode ser explicado em função da alta no preço de commodities, do clima favorável que beneficia a safra, da manutenção de demanda por bens essenciais e pelo real desvalorizado, que favorece as exportações.
Já a região metropolitana de São Paulo, que têm os setores de serviços e comércio como preponderantes na economia local, ainda está sendo atingido pelos problemas econômicos nacionais, como o nível elevado de desemprego e a restrição orçamentária das famílias.
De todo modo, o mais importante é que, na média, há uma recuperação (mesmo que lenta e gradual) da geração de empregos, variação crucial para a retomada da economia.
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