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Economia

Investidor deve ficar atento às oportunidades no mercado de ações

Apesar da forte variação positiva do Ibovespa no ano passado, tendência ainda é de alta

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Investidor deve ficar atento às oportunidades no mercado de ações

Estratégia de investimento deve mudar com o reequilíbrio da economia
(TUTU)

Com as mudanças que vêm ocorrendo no País, principalmente no que diz respeito ao reequilíbrio da economia, as estratégias de investimento devem ser reavaliadas. O ano de 2016 contou com uma forte valorização do mercado de ações. O cenário atual é um pouco diferente, contudo.

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A recomposição da confiança dos investidores não ocorreu sem motivação. O equilíbrio da economia tem sido conquistado por meio de projetos como o estabelecimento de teto para os gastos públicos e o encaminhamento das reformas trabalhista e previdenciária.

Essas medidas colaboraram para materializar efeitos que beneficiam a economia do País: inflação em queda seguindo para o centro da meta do Banco Central; redução contínua da taxa básica de juros, a Selic; melhoria do saldo da balança comercial (diferença entre importações e exportações); e sinais de recuperação da indústria e de setores de consumo. Além disso, o mercado acionário foi beneficiado por medidas microeconômicas pontuais que melhoraram a gestão das empresas.

Neste momento, a estratégia de investimento fica mais complicada, pois a forte alta das ações já ocorreu. Ao mesmo tempo, as taxas de juros para aplicações em renda fixa vêm caindo, apesar de se manterem em níveis bastante elevados.

Como regra geral, a perspectiva provável, em um cenário em que o atual governo não tenha mais transtornos do que o normal, é de que os juros continuem sendo reduzidos. Por outro lado, apesar do espetacular desempenho do Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, que cresceu quase 40% no ano passado e acumula quase 60% de alta em 12 meses até fevereiro deste ano, a tendência a médio e longo prazos ainda é de crescimento.

O cenário é favorável para investidores que preferem realizar lucros. Com a queda do dólar, por exemplo, ficou muito interessante para investidores estrangeiros realizarem suas posições e comprar dólares remetendo lucros para seus países. Todavia, esse movimento é em parte autocontrolado, pois, quando há uma corrida de venda de ativos e compra de dólares, os ativos caem de preço e o dólar, sobe, reduzindo os ganhos.

Portanto, no curto prazo, pode ser interessante uma realização momentânea de lucros em determinados períodos, mas os ativos no Brasil ainda estão baratos. É possível que o dólar se valorize um pouco ao longo deste ano, por isso, investidores internacionais podem querer entrar no mercado de ações – ou mesmo investir diretamente em empresas brasileiras.

Com esse cenário, é razoável manter uma parte das aplicações em títulos sem risco e de bom rendimento como os Fundos de Renda Fixa tradicionais e experimentar aumentar a participação em ações, principalmente quando houver queda do Ibovespa, uma vez que a tendência é de alta ao longo do tempo.

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