Economia
11/09/2017Investidor deve reavaliar aplicações com a redução dos juros
Contudo, taxa de juros real continua elevada em função da queda da inflação
Projeções apontam que taxa básica de juros pode cair para 8% ao ano
(ARTE/TUTU)
Os juros no Brasil estão em queda. O Banco Central baixou a taxa básica da economia, a Selic, para menos de 10%. Com isso, o investidor pode pensar que a renda fixa perdeu atratividade, entretanto, o que interessa é a taxa de juros real (descontada a inflação).
Com a inflação em queda, a taxa de juros real continua bastante elevada. Quando a remuneração absoluta cai, a impressão é de que o rendimento está caindo, mas isso nem sempre é verdade.
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Com a atividade econômica ainda enfraquecida, apesar da leve melhora, e com a inflação muito baixa, a tendência é de que o Banco Central reduza ainda mais as taxas de juros, que podem fechar o ano por volta de 8%.
As projeções para um prazo mais longo apontam para uma taxa de juros de 8% ao ano e inflação de 4% em 2018, que, combinados, resultam em juros reais de quase 4% ao ano. Não é uma taxa de retorno real baixa, mas certamente chama menos a atenção do aplicador do que no passado recente.
O quadro a seguir, com dados que se referem à posição dos indicadores em 31 de julho, mostra que, no passado, os retornos nominais de aplicações vinculadas à Selic (como o CDI) se mantiveram na casa dos dois dígitos:
Se por um lado a taxa real ainda elevada de 4% não estimular os aplicadores, por outro, a expectativa de queda de juros aliada à projeção de crescimento mais acelerado da economia irá favorecer as aplicações em Bolsa.
Na mudança de equipe econômica em 2016, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) indicou aplicações em ações quando o Ibovespa estava ao redor de 50 mil pontos. Os resultados foram positivos, mas, agora, o potencial de valorização já não é mais o mesmo.
No entanto, com a provável retomada do crescimento da confiança, principalmente por parte dos empresários nos próximos meses, investir em ações parece ser novamente uma boa opção. Antes de mais nada, o investidor precisa estar ciente de algumas circunstâncias:
• É necessário saber dos riscos e estar disposto a enfrentar alguma volatilidade;
• Investir em Bolsa é abdicar de usar o dinheiro no curto prazo. Dessa maneira, o investidor precisa aplicar com disciplina;
• Por segurança, o conselho é não aportar mais do que 20% de suas aplicações em renda variável.
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