Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Sustentabilidade

Investimentos em fontes de energia limpas ainda são desafio para o País

Especialistas apontam a necessidade de avanços nas pesquisas em tecnologia para melhor eficiência

Ajustar texto A+A-

Investimentos em fontes de energia limpas ainda são desafio para o País

Por Deisy de Assis

Nas últimas décadas, se intensificaram as discussões sobre a necessidade de diminuição dos impactos causados ao meio ambiente pelas atividades humanas. No exterior, em especial nos Estados Unidos, na Alemanha e na China, avançam as medidas para implementar alternativas limpas à geração de energia. Mas no Brasil, quem estuda o assunto aponta um preocupante retrocesso.

De acordo com o presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, professor José Goldemberg, até dez anos atrás o país fazia o uso de hidrelétricas para a geração de energia elétrica, além de investir em usinas eólica e solar. “No entanto, com a alegação de ausência de chuvas, o governo passou a utilizar as termelétricas e deixou de investir na energia limpa”, ressalta o professor.

Além disso, Goldemberg afirma que o programa de produção de etanol do governo federal deixou de crescer desde que o preço da gasolina foi congelado, em 2009.

Segundo o Balanço Energético Nacional, 41% das fontes de energia são renováveis, ou seja, são alternativas limpas aos combustíveis fósseis e à produção de energia elétrica. Goldemberg não considera o dado ruim, mas alerta que esse índice já esteve melhor, perto da casa dos 50%.

Porém, é possível ter boa perspectiva, na opinião da professora Rosana Maria Henrique, que leciona a disciplina “Energias Renováveis e Tecnologia não Poluente” no curso de Engenharia Mecânica da Universidade Anhembi Morumbi.

“O Brasil tem produzido etanol e biodiesel em larga escala e deve atuar competitivamente, usando óleos de sementes como dendê, mamona e soja, que podem substituir o diesel. Outra aposta é a produção de biodiesel por meio de algas”, afirma.

Articulações internacionais

Os professores dão destaque ao alerta dos países do G7, feito durante reunião realizada no início deste mês, na Alemanha. A indicação é de que até o ano 2050 seja cortada em até 70% a emissão dos gases causadores do aquecimento global, os quais são originados da queima de combustíveis fósseis - carvão mineral, petróleo e gás natural.

“Não temos mais tempo. Precisamos implementar alternativas com urgência”, diz a professora Rosana. Já Goldemberg afirma que a necessidade vai impor as ações.

A docente da Universidade Anhembi Morumbi argumenta que embora fontes renováveis - biomassa, solar e eólica - venham a ocupar maior parcela na matriz energética mundial, são necessários avanços na área de pesquisa em tecnologia.

“Somente assim vamos melhorar a eficiência de conversão energética, reduzir impactos ambientais e aumentar a competitividade comercial”, explica.

Iniciativas sustentáveis, como as que envolvem energias limpas, podem concorrer ao Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade, que está em sua 5ª edição. Para se inscrever ou obter mais informações acesse aqui.

Fechar (X)