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28/04/2015Jovem que usa tecnologia para se capacitar chega mais bem preparado ao mercado de trabalho, diz psicoterapeuta
Leo Fraiman é especialista em Psicologia Educacional e um dos palestrantes do I Congresso Fecomercio de Educação Digital, que será realizado em 5 de maio
Por Alessandra Jarussi
Os jovens que fazem atividades extracurriculares e costumam assistir a conteúdos educativos na Internet, entre outras formas de uso da tecnologia para capacitação, chegam mais bem preparados ao mercado de trabalho. A opinião é do psicoterapeuta Leo Fraiman, especialista em Psicologia Educacional e supervisor clínico e diretor da clínica Leo Fraiman de Psicoterapia e Gestão de Carreiras. Ele é um dos palestrantes do I Congresso Fecomercio de Educação Digital, que será realizado em 5 de maio.
“Ao contrário, o jovem que só usou a tecnologia para desenvolver habilidades motoras finas no manuseio do joystick e nada mais fez do que jogar videogame, ver televisão e até mesmo assistir conteúdos impróprios na Internet será um analfabeto do século XXI, como já previu Alvin Tofler (escritor norte-americano doutorado em Letras, Leis e Ciência, conhecido pelos seus escritos sobre a revolução digital)”, diz o psicoterapeuta.
Para Leo Fraiman, em tempos digitais, escolher a carreira se tornou mais fácil e mais difícil ao mesmo tempo. “Primeiramente, ficou mais difícil porque, na era do selfie, do Instagram e do Facebook, existe uma idealização da vida. Muitas vezes, o jovem pode ter dificuldade de, diante de um mundo que parece infinito em suas possibilidades, fazer a escolha de ‘apenas’ uma profissão. Então, é preciso filtrar o que se vê na Internet, pois nem tudo é aquilo que parece, e fazer uma boa pesquisa. Nesse sentido, a era digital oferece muitas oportunidades. Hoje, existem sites interessantes com guias de profissões, como o www.opee.com.br, sites de cursos profissionalizantes com depoimentos de profissionais e muitas outras opções. Para o jovem que tem espírito de critica e de pesquisa, é um mundo de oportunidades”, explica.
Em tempos de desemprego e crise econômica, o psicoterapeuta aponta “a importância de se educar para uma atitude empreendedora”, que ele associa “a um compromisso com a responsabilidade, a ética, a qualidade do trabalho, a atenção aos detalhes e o aperfeiçoamento constante”. “O mercado é dinâmico. Não há nenhuma carreira que nunca terá crise. E é justamente nessa hora que afloram competências em três áreas, que, quando bem formadas, reduzem os efeitos da crise: domínio das tecnologias, bons contatos e desenvolvimento do caráter”, avalia.
Leo Fraiman diz ser normal nos dias de hoje o crescimento de carreiras ligadas à tecnologia. “O grande risco, no entanto, é imaginar que todo mundo vai caber nesse horizonte ou que esse seja o único modo de encontrar felicidade. É claro que, para um ‘nativo digital’, pode ser mais interessante pensar em trabalhar com aplicativos, sistemas, design ou criação de um game, mas há um sem número de pessoas que não enveredam por esse caminho. O mais interessante quando se pensa numa carreira é cada um se conhecer, perceber sua própria natureza e fazer algo que tenha um sentido de vida, o que, naturalmente, o tornará um indivíduo mais feliz”, conclui.
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