Economia
09/06/2016Juros ao consumidor passam de 70% ao ano e dificultam ainda mais a aquisição de crédito
FecomercioSP lista as alternativas para quem quer fugir dos empréstimos com as taxas mais elevadas

Melhor alternativa para o consumidor é negociar a dívida com o banco em vez de optar pelo cartão de crédito ou cheque especial
(Arte/TUTU)
A taxa média de juros de mercado para os consumidores atingiu 70,8% ao ano – maior patamar desde 2011 –, o equivalente a uma taxa mensal de 4,6%, segundo dados de abril divulgados pelo Banco Central.
Para a FecomercioSP, o aumento de quase 15 pontos porcentuais no juro médio em um ano (em abril de 2015 era 56,1%) cria mais dificuldades para o consumidor nas compras de bens que necessitam de financiamento ou na aquisição de crédito para complementar a renda. Por isso, é importante analisar qual é a melhor alternativa para seu caso, quando estiver com o orçamento desequilibrado.
Opções
Segundo a assessoria técnica da Entidade, é preciso considerar o forte crescimento anual e a discrepância entre as taxas de cada modalidade.
A maior taxa é do rotativo no cartão de crédito, que, em abril, registrou 448% ao ano (101 pontos porcentuais a mais que em abril de 2015). Se a opção for por parcelar o pagamento da fatura, os juros caem para 150% ao ano (36 pontos porcentuais de aumento na comparação anual).
O cheque especial também está mais salgado diante de juros de quase 310% ao ano (83 pontos porcentuais superiores ao mesmo mês de 2015).
A taxa para o crédito pessoal não consignado está em 130% ao ano (18 pontos porcentuais além do ano passado), enquanto quem vincula a dívida ao seu pagamento paga em média 30% ao ano (quase 3 pontos porcentuais superiores a 2015).
Dentre todas as modalidades, o crédito mais barato sem desconto direto na folha de pagamento, como é o caso do consignado, é o pessoal, que tem tarifa equivalente a 7,2% ao mês.
Desta forma, sugere a assessoria técnica da Federação, caso o consumidor necessite endividar-se, a melhor alternativa é ir ao banco e negociar a troca de dívida, ou seja, substituir a mais cara por uma mais barata, em vez de optar pelo cartão de crédito ou cheque especial.
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