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Sustentabilidade

Linhas de crédito verdes facilitam implementação de projetos sustentáveis

Concessão de financiamento e as taxas de juros variam de acordo com a iniciativa e o faturamento das empresas

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Linhas de crédito verdes facilitam implementação de projetos sustentáveis

Concessão de crédito tem auxiliado no desenvolvimento de projetos sustentáveis
(Arte TUTU)

Por Deisy de Assis

As instituições financeiras têm oferecido diferentes linhas de crédito específicas para o financiamento de projetos ecológicos. O recurso está disponível não apenas para as grandes, mas também para as pequenas e médias e empresas. Já os valores variam de acordo com o perfil do projeto e o porte econômico da companhia candidata.

Disponibilizar esse tipo de auxílio, em um cenário no qual as corporações têm compreendido a importância de se trabalhar de maneira ecologicamente adequada, gerou aumento de 47% no volume de recursos concedidos pelas linhas de crédito verdes pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O aumento foi constatado entre 2011 e 2014, quando os desembolsos passaram de R$ 19 bilhões para R$ 28 bilhões. Já em 2015, houve concessão de R$ 31,3 bilhões em financiamentos, o que representa uma alta de 11% em relação ao ano anterior.

“Entendemos que o aumento está relacionado à busca por uma economia mais limpa, seja por conhecimento das vantagens de um negócio sustentável, seja pelas compensações ambientais obrigatórias”, afirma o gerente do departamento de Meio Ambiente do BNDES, José Guilherme da Rocha Cardoso.

Possibilidade

O gerente explica que as linhas de financiamento da instituição abrangem diferentes tipos de ações, como investimento para o aumento da eficiência, implantação de linha de produção e desenvolvimento de produtos.

“Temos ainda linhas específicas, como as voltadas aos projetos de plantio para compensação ambiental com restauração florestal e as que financiam ações de energia renovável”, diz Cardoso, que ressalta a criação, em 2009, de uma área exclusiva para assuntos de meio ambiente no banco público.

Para projetos menores que necessitem de valores inferiores a R$ 20 milhões, mais comuns entre as pequenas e médias empresas, o banco dispõe de recursos por meio de repasses a bancos comerciais, nos quais os critérios para aprovação são os mesmos que os praticados para as grandes companhias: avaliação do projeto e análise de risco. Aos donos de microempresas, o crédito também é oferecido por meio do cartão BNDES.

Ecoeficiência

A Caixa Econômica Federal (CEF) também incentiva a adoção de práticas sustentáveis com linha de crédito para corporações de todos os portes. “São financiamentos tanto para as que desejam trocar seus equipamentos antigos por outros menos poluentes, quanto para outras melhorias que viabilizem a eficiência energética e a redução do impacto ambiental”, comenta a superintendente nacional de estratégias de micros e pequenas empresas da CEF, Eugenia Regina de Melo.

Dentro do programa Bens de Consumo Duráveis (BCD) da CEF foi criada a modalidade para ecoeficiência, que observa os parâmetros técnicos que demonstram a contribuição da máquina (ou do equipamento) para reduzir o impacto ambiental das atividades. “Máquinas ou equipamentos são avaliados e devem ter finalidade específica no processo produtivo”, diz Eugenia.

A superintendente alerta que os processos devem atender às funcionalidades, como tratamento de resíduos sólidos; tratamento e efluentes líquidos; reciclagem de resíduos; tratamento e reutilização de águas residuais; redução de desperdício de insumos e/ou recursos naturais; controle de poluição da água; entre outros.

Acesso ao crédito

O BCD Caixa é destinado a companhias de qualquer porte e disponibiliza prazo de até 60 meses, incluindo até seis meses de carência, para todas as modalidades. O programa não exige apresentação de plano de negócios – exceto nos casos em que a empresa não possui condições para pagamento – e disponibiliza taxa de juros a partir de 1,3% ao mês.

Além de manter o programa, a CEF atua com recursos do BNDES por meio do Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame) e do cartão BNDES, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para operações com o Banco do Brasil.

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