Sustentabilidade
26/04/2023Logística Reversa: termos de compromisso assinados pelo comércio contribuem para os ODS
FecomercioSP reforça necessidade da dupla visita por parte dos órgãos fiscalizadores
Os Termos de Compromisso de Logística Reversa (TCLR) assinados com o setor de comércio contribuem para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), e para a Agenda 2030, conforme lembra Liv Nakashima Costa, Diretora de Gestão Corporativa da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
A especialista participou, na última sexta-feira (14), da reunião do Conselho de Sustentabilidade da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No encontro, Liv afirmou que o intuito é de que, por meio destes documentos, o Poder Público estadual acompanhe a estruturação, a implementação e a operacionalização de Sistemas de Logística Reversa (SLRs) no Estado de São Paulo.
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Dentre os termos assinados, estão os de óleo comestível, eletroeletrônicos, pilhas e baterias portáteis e baterias de chumbo-ácido, cujos SLRs contam com a participação da FecomercioSP de forma direta, mediante termos de compromisso com os órgãos ambientais, as entidades representativas da indústria e de importadores e as entidades gestoras.
“Os sistemas têm inter-relação também com a economia circular, e o comércio consegue levar a pauta a mais pessoas, podendo viabilizar toda a cadeia de logística reversa”, comentou a executiva.
ODS e PNRS
Ações mais sustentáveis no gerenciamento de resíduos sólidos vão ao encontro dos objetivos da ONU, como os que propõem cidades e comunidades sustentáveis (ODS 11) e consumo e produções responsáveis (ODS 12), além daqueles que visam a proporcionar mais saúde e bem-estar à população (ODS 3), colaborar na redução de gases de efeito estufa e nas mudanças climáticas (ODS 13) e evitar o despejo de resíduos em locais inapropriados (ODS 14).
Neste sentido, os SLRs procuram, como consta na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) — instituída pela Lei 12.305, de 2010 —, “viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.
Para isso, a PNRS divide a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida de determinados produtos entre fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, por meio da implementação de SLRs para produtos pós-consumo.
Atenção aos pequenos negócios
Alexsandra Ricci, assessora jurídica da FecomercioSP, destacou que parte dos pequenos empresários ainda desconhece a Logística Reversa (LR), o que deixa claro, para ela, o quanto esse sistema pode ser expandido em todo o Estado de São Paulo.
“Nas ações fiscalizatórias é preciso observar o princípio da dupla visita – modelo no qual a primeira tem caráter orientativo para o empresário – a fim de esclarecer quais ações devem ser tomadas por parte do comércio e a importância sobre a LR”, enfatizou.
Cristiane Cortez, assessora técnica da FecomercioSP, comentou sobre a dificuldade da adesão das empresas dos municípios com menos habitantes, os quais já estão nas metas geográficas dos diversos SLRs. “É fundamental fazer uma parceria com a Cetesb, para definição de estratégias para a conscientização e sensibilização desses empresários”. Liv concorda e sugeriu uma parceria para a capacitação conjunta dos municípios envolvidos.
Saiba mais
A Entidade disponibiliza uma plataforma específica de LR que explica cada sistema. Para participar ou esclarecer dúvidas, envie um e-mail para logisticareversa@fecomercio.com.br.
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