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Economia

Lojistas devem ter atenção especial aos estoques até março

Ritmo de vendas mais fraco afeta negativamente empresário com estoques abaixo ou acima do adequado

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Lojistas devem ter atenção especial aos estoques até março

FecomercioSP orienta os lojistas que estão com estoques inadequados a elaborar as perspectivas de venda
(Arte: TUTU)

Os lojistas devem elaborar as perspectivas de vendas especialmente até o mês de março por causa da complexidade de manter o fluxo de caixa equilibrado nesse período. É comum o consumidor aproveitar o início do ano para quitar as dívidas em vez de adquirir novos produtos, e essa situação de vendas fracas afeta de forma negativa os empresários que estão com estoques inadequados.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) orienta os que estão com estoques baixos e têm estimativas positivas de vendas a adiantar os pedidos aos fornecedores para evitar o desabastecimento. Se as expectativas de venda forem negativas, talvez seja o caso de manter os estoques como estão, fazendo ajustes em determinados itens.

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Aos empresários com altos estoques, é recomendável a realização de promoções. A medida deve ser posta em prática de acordo com os produtos vendidos pela empresa: se são perecíveis, sazonais etc. Outra dica é reduzir, com critério, os pedidos aos fornecedores até que esse estoque se torne adequado na concepção do lojista.

Essas instruções são destinadas aos 26,9% dos empresários da região metropolitana de São Paulo que consideraram seus estoques excessivos e aos 13,3% que afirmaram estar com pouca mercadoria armazenada, de acordo com o Índice de Estoques (IE), divulgado mensalmente pela FecomercioSP.

Em contrapartida, as boas vendas no período do Natal fizeram com que 59,4% de empresários ficassem com os estoques adequados em fevereiro. O indicador teve alta de 3,8% e ficou praticamente na média histórica pré-crise: 60%. Esse resultado reduziu, inclusive, a quantidade e a intensidade das promoções de janeiro e fevereiro deste ano.

De forma geral, o IE subiu 3,7% na comparação com janeiro, ao registrar 119,2 pontos, em razão da queda de 13,6% na proporção de empresários com estoques baixos. Já a de entrevistados com estoques acima do necessário ficou estável.

A Entidade ressalta que, apesar dos bons resultados, para que os números fiquem dentro da série histórica antes da crise, iniciada em 2014, os estoques baixos devem subir ao patamar superior aos 15% e os elevados devem cair para menos de 25% dos entrevistados. 

O indicador capta a percepção dos varejistas sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, variando de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total) e é apurado pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo.

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