Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Negócios

Mercado de trabalho do atacado paulista volta a encolher em março e 70 empregos são eliminados

Segundo a pesquisa da Entidade, apesar do desempenho negativo, o número de vagas formais fechadas é bem menor na comparação com março de 2016, quando 1.199 postos de trabalho foram perdidos

Ajustar texto A+A-

Mercado de trabalho do atacado paulista volta a encolher em março e 70 empregos são eliminados

Destaques negativos da pesquisa foram segmentos de eletrônicos e equipamentos de uso pessoal
(Arte/TUTU)

O comércio atacadista do Estado de São Paulo voltou a fechar postos de trabalho após o saldo positivo de 127 empregos apurado em fevereiro. Em março, o setor eliminou 70 empregos formais, resultado de 15.781 admissões e 15.851 desligamentos. Apesar do desempenho negativo, o ritmo de eliminação de vagas é bem menor quando comparado a março de 2016, quando 1.199 postos de trabalho foram perdidos. Com isso, o atacado paulista encerrou o mês com um estoque ativo de 491.145 trabalhadores com carteira assinada, queda de 0,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, houve a eliminação de 4.122 empregos.

Os dados são da Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP Atacado), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentação declaradas pelas empresas do atacado paulista. As informações mostram o nível de emprego do comércio atacadista em 16 regiões e dez ramos de atividade. A FecomercioSP passou a acompanhar tais dados em fevereiro de 2016.

Veja também:
Disposição dos varejistas para expandir o negócio sobe pelo segundo mês consecutivo
Índice de Confiança do Empresário do Comércio alcança 102,8 pontos em abril
Setor de serviços paulistano registra alta de 1,6% e cresce pelo terceiro mês seguido

Das dez atividades pesquisadas em março, apenas três apresentaram aumento no número de total de trabalhadores formais na comparação com o mesmo mês de 2016: produtos farmacêuticos e higiene pessoal (2,4%), energia e combustíveis (1,1%) e alimentos e bebidas (0,5%).

Em contrapartida, os destaques negativos foram os segmentos de eletrônicos e equipamentos de uso pessoal (-3,4%), materiais de construção, madeira e ferramentas (-3,4%) e máquinas de uso comercial e industrial (-3,3%).

Entre as 16 regiões analisadas pela pesquisa, apenas seis apresentaram saldo positivo de empregos em março, com destaque para a Capital (270 vagas), Taubaté (145) e Sorocaba (75). Os piores desempenhos do mercado de trabalho foram observados na regiões de Osasco (-128 vagas), Litoral (-114) e Guarulhos (-108).

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o mercado de trabalho do comércio atacadista do Estado de São Paulo praticamente não se moveu nos dois últimos meses avaliados. Um saldo positivo de 127 vagas e outro negativo de 70 vagas, respectivamente, para um mercado de quase 500 mil trabalhadores trabalhando ativamente, segundo a Entidade, é uma estabilidade.

Depois de tantos meses com grandes extinções de vínculos celetistas, a Federação aponta que o equilíbrio do estoque de vínculos formais significa um estancamento do processo recessivo nas movimentações de mão de obra. A Entidade ressalta, porém, que ainda é cedo para afirmar tal cenário, já que são apenas duas amostras temporais e, o varejo - principal cliente do setor atacadista - ainda passa por um período de reação das vendas. Ainda assim, o horizonte para o restante de 2017, na visão da FecomercioSP, parece ser de estabilização de desligamentos e admissões.

Atacado paulistano
Na contramão do desempenho estadual, o comércio atacadista da cidade de São Paulo criou 270 empregos em março, resultado de 6.303 admissões contra 6.033 desligamentos. Com isso, a ocupação formal atingiu 205.121 empregados. O saldo acumulado dos 12 meses ficou negativo em 1.002 empregos, o que levou à diminuição de 0,5% do estoque total de trabalhadores na comparação com março de 2016.

Entre as dez atividades analisadas, apenas quatro apresentaram saldo positivo de empregos em março, com destaque para os segmentos de eletrônicos e equipamentos de uso pessoal (+271 vagas), produtos farmacêuticos e higiene pessoal (+116) e alimentos e bebidas (+48).

Por outro lado, se destacaram negativamente as atividades atacadistas de máquinas de uso pessoal e industrial (-93 vagas), de papel, resíduos, sucata e metais (-41) e materiais de construção, madeira e ferramentas (-17).

Fechar (X)