Economia
11/12/2017Mercado de trabalho paulista deve criar 16.591 novas vagas em 2017 e inicia recuperação gradativa
Entre os três setores avaliados, o de serviços deve gerar o maior número de empregos formais em 2017, com 7.553 novos postos
A capital paulista liderará a geração de vagas formais no setor de serviços: a estimativa é que 11 mil postos de trabalho com carteira assinada sejam criados em 2017
(Arte/TUTU)
Depois de dois anos seguidos de saldos negativos, 2017 deve terminar com resultados favoráveis quanto à recuperação da produção nacional (indústria), do consumo das famílias (varejo) e a recomposição gradativa do emprego, entre outros fatores positivos. Estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostram que os mercados de trabalho no varejo, atacado e serviços devem somar 16.591 novas vagas até o último dia do ano.
Serviços
O setor de serviços do Estado de São Paulo deve criar o maior número de empregos com carteira assinada em 2017, com 7.553 novos postos, de acordo com a Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços (PESP Serviços) da FecomercioSP. A recuperação gradativa acontece depois que o setor fechou mais de 236 mil entre 2015 e 2016. O estoque ativo de trabalhadores dos setores de serviços no Estado de São Paulo deve atingir, no fim do ano, 7,3 milhões de vínculos com carteira de trabalho assinada.
A capital paulista liderará a geração de vagas formais, pois a estimativa é que 11 mil postos de trabalho com carteira assinada sejam criados. A região de São José do Rio Preto, que em 2017 deverá abrir 4.163 novas vagas, também se destaca, com crescimento de 2,5% do estoque de vínculos empregatícios formais, a maior taxa de crescimento entre as 16 regiões analisadas. Por outro lado, a região de Osasco liderará a perda de vagas, com de 7.635 empregos formais a menos em 2017.
A geração de postos no setor de serviços deve ser puxada para cima pelos serviços médicos, odontológicos e veterinários, nos quais se espera a abertura de 18,5 mil vagas este ano, ou acréscimo de 2,5% no estoque de empregos. Por outro lado, as atividades com maiores reduções do quadro devem ser a de serviços de transporte e armazenagem, com a extinção de 12.458 empregos, retração de 1,7% no número total de trabalhadores em relação ao final de 2016.
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Varejo
O mercado de trabalho formal do comércio varejista deve voltar a crescer em 2017: a Entidade projeta, por meio da PESP Varejo, a abertura de 3.069 postos de trabalho com carteira assinada no Estado (alta de 0,1% no estoque total de trabalhadores). Com esse desempenho, o varejo deve encerrar o ano com 2.085.952 trabalhadores ativos em São Paulo. O ganho de vagas com carteira assinada, ainda que pequeno, reverte o cenário negativo observado em 2015 e 2016, quando mais de 107 mil vínculos formais foram perdidos.
Entre as 16 regiões analisadas, o varejo paulistano deve se destacar ao gerar 1.681 empregos com carteira assinada, seguido pelo comércio varejista das regiões de Jundiaí, com 703 novos empregos; e do ABCD, com 624 postos de trabalho. Por outro lado, os destaques negativos devem ficar por conta das regiões de Osasco (-1.097 vagas) e de Presidente Prudente (-510 vagas).
Das nove atividades varejistas avaliadas pela FecomercioSP, a de supermercados é que deve exercer a maior contribuição para abertura de vagas, encerrando o ano com mais de 12,2 mil novos postos. Já o grupo “outras atividades”, formado pelo varejo de combustíveis para veículos automotores; lubrificantes; livros, jornais, revistas e papelaria; artigos recreativos e esportivos; joias e relógios; gás liquefeito de petróleo (GLP) e artigos usados e produtos novos não especificados, deve extinguir 4.888 vagas.
Atacado
Assim como no varejo, o mercado de trabalho formal do comércio atacadista em 2017 retoma a criação de vagas com carteira assinada, segundo a PESP Atacado: projeta-se a abertura de 5.969 postos de trabalho no Estado. Com esse desempenho, estima-se que o estoque ativo será de 497.911 trabalhadores no último dia do ano, crescimento de 1,2% em relação ao final de 2016, a maior taxa de crescimento entre os três setores analisados. A perda acumulada nos últimos dois anos foi a pior da história, fazendo o mercado de trabalho do atacado paulista reduzir em 4,8% do fim de 2014 ao fim de 2016.
Observando a distribuição por região, projeta-se que quase metade deste saldo seja gerado apenas na cidade de São Paulo: serão 2.879 empregos formais a mais no atacado paulistano em 2017. Depois da capital, a região de Campinas é a que mais abrirá postos de trabalho, com 1.151 vagas. Por outro lado, a região do Litoral liderará a perda de empregos formais, com a extinção de 500 vínculos formais.
Enquanto o comércio atacadista de produtos alimentícios e de bebidas gerará 3.795 empregos formais, e o atacado de produtos farmacêuticos e higiene pessoal outros 2.136 postos de trabalho, o atacado de materiais de construção, madeira e ferramentas sofrerá maior redução de vagas – serão 518 empregos formais extintos, ou recuo de 1,6% no estoque total de trabalhadores.
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