Negócios
23/08/2023Momento decisivo para o acordo entre Mercosul e União Europeia
Em entrevista sobre os rumos da política externa, presidente do Conselho de Relações Internacionais da FecomercioSP acredita que resolução comercial sairá ainda neste ano
Ainda que, neste momento, haja uma postura mais amistosa entre União Europeia (UE) e Mercosul para a assinatura definitiva do acordo comercial, o clima favorável não deve se prolongar, a depender do desfecho das eleições na Argentina e da futura presidência do conselho do bloco europeu — comandado, até o fim do ano, pela Espanha, favorável à resolução comercial. Por isso, os próximos meses serão fundamentais para que o tratado saia do papel, adverte Rubens Medrano, presidente do Conselho de Relações Internacionais da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em entrevista à revista Comex do Brasil. A FecomercioSP é constantemente solicitada como fonte de análise conjuntural por canais conceituados da imprensa e de organizações que se debruçam sobre os grandes temas da economia.
Na conversa, Medrano enfatiza que, a partir do ano que vem, a UE deve ser presidida por representantes pouco amigáveis ao acordo. Há, ainda, um fato novo: o candidato que venceu as prévias na Argentina é totalmente contrário ao Mercosul. “Há o risco de esse acordo, que abrirá oportunidades à indústria nacional e ao setor agro, não seja assinado. Será uma oportunidade perdida para aumentamos o nosso fluxo de comércio.”
A entrevista também trata de algumas das frentes recentes de modernizações estruturais e de procedimentos ao comércio exterior que foram debatidas pelo Conselho de Relações Internacionais, como a Licença Flex — que pode se tornar um “divisor de águas” para a internacionalização.
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Medrano ainda sinaliza que a inserção das pequenas e médias empresas no comércio exterior precisa ser acompanhada de um ambiente de negócios que garanta condições adequadas para êxito, uma vez que, diante de qualquer insucesso, é pequena a chance de o empresário tentar novamente. “A porta de entrada ideal para esses pequenos negócios seria o Mercosul. O Brasil precisa negociar para superar os entraves no bloco e torná-lo mais receptivo”, defende.
Veja a entrevista na íntegra aqui.
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