Negócios
10/10/2018Mudanças de política externa beneficiariam exportações brasileiras
Um dos países mais fechados do mundo, Brasil precisa fazer mais acordos comerciais e reduzir burocracia aduaneira para intensificar o comércio internacional
Maior participação da economia brasileira na cadeia global de comércio traria benefícios para o desenvolvimento do País
(Arte/Tutu)
A empresa que tem interesse em iniciar uma operação de comércio exterior deve saber que, além de avaliar suas condições de produção e se inteirar sobre os mercados externos, há diversos desafios os quais independem de suas ações. São questões de política externa que dizem respeito à participação do Brasil no comércio internacional.
Em uma avaliação geral, é possível afirmar que o Brasil é um dos países mais fechados do mundo na área de comércio exterior. Isso fica nítido, de acordo com estudo do Conselho de Economia, Sociologia e Política (CESP) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), quando se observa que as exportações do País são responsáveis por apenas 10,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa postura, avessa às exportações, dificulta os negócios internacionais das empresas brasileiras.
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Para a FecomercioSP, um dos principais caminhos para o desenvolvimento do País envolve uma maior inserção da economia brasileira na cadeia global de comércio. Essa agenda passa pela adoção de uma política externa que incentive as empresas brasileiras a se internacionalizarem.
Uma medida com potencial para intensificar esse movimento é a celebração de mais acordos comerciais do Brasil com outras nações. Os tratados podem eliminar barreiras tarifárias e prover benefícios que facilitam os negócios. A amplitude do mercado interno brasileiro é uma importante vantagem para o País na busca por parceiros comerciais.
Também é importante reduzir as burocracias tributárias e aduaneiras, que são fatores que inibem a atividade econômica, dificultando, sobretudo, o acesso ao mercado externo às pequenas e médias empresas, que não conseguem atender a tantas exigências. Nesse sentido, o País deve simplificar procedimentos, eliminar exigências documentais desnecessárias e usar, de maneira intensiva, sistemas eletrônicos para dar celeridade aos negócios.
Como medida de política externa, também teria significativa contribuição um maior apoio dos órgãos oficiais do governo brasileiro ao comércio com outras nações. Uma postura mais proativa envolve comunicar oportunidades em outros mercados para produtos brasileiros em função de mudanças que ocorrem no cenário internacional, ainda mais em um período em que tratados e blocos internacionais estão sendo revistos.
De toda maneira, a FecomercioSP atua para que essas e outras pautas que trazem benefícios à economia do País sejam consideradas pelos órgãos competentes brasileiros. Por isso, é de suma importância o apoio dos empreendedores para o aperfeiçoamento dos procedimentos que dizem respeito ao comércio exterior.
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