Sistema serve para que as autoridades informem os moradores de determinada região, com antecedência, sobre prováveis perigos
(Arte: TUTU)

No Brasil, apenas 13,2% dos municípios têm sistemas de alerta para informar sobre possíveis situações de risco associadas às chuvas intensas. O dado alarmante faz parte do primeiro Diagnóstico de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas, divulgado no fim de junho pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades.

Esse tipo de sistema serve para que as autoridades informem os moradores de determinada região, com antecedência, sobre prováveis perigos. Assim, a população e o Poder Público têm tempo hábil para tomar medidas antecipadas de prevenção e minimização de impactos.

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Os dados da análise são referentes ao ano de 2015 e mostram ainda que cerca de 264 mil pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas nas áreas urbanas em decorrência de eventos hidrológicos impactantes, como inundações.

O diagnóstico deixa claro que os serviços de drenagem e manejo de águas pluviais nos municípios brasileiros precisam ser mais bem estruturados e organizados. Do total de cidades avaliadas, 66,7% não têm nenhum tipo de mapeamento de áreas de risco, e 4,2% de domicílios estão em situação de risco de inundação.

Todos os municípios brasileiros foram convidados a participar da coleta de dados, mas colaboraram com a pesquisa o Distrito Federal, 23 capitais brasileiras (exceto Goiânia/GO, Macapá/AP e Manaus/AM) e outros 2.517 municípios. Eles corresponderam a 46% das cidades e 66% da população urbana brasileira. As regiões com mais e menos municípios participantes foram a Sul e a Norte, com 67% e 28%, respectivamente.